Se pararmos para analisar sobre o atual cenário do mercado de trabalho no Brasil, são muitos os desafios frente aos impactos da elevada taxa de desemprego anual, que fechou 2017 em 12,7%, a maior da série histórica da pesquisa dos últimos cinco anos, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Às empresas fica o desafio de buscar profissionais multifacetados, os chamados híbridos, e adequados a um novo modelo de trabalho mais moderno e dinâmico. Já por parte da ala executiva, o temor maior reside em escolher o cargo e a companhia certa para trabalhar neste adverso período de mudança.

Tanto de um lado, como de outro, só uma verdade corporativa une estas duas pontas: competência e desejo nem sempre andam juntos. Às vezes, o tão desejado emprego naquela famosa indústria, que era o seu sonho ideal de trabalho, não condiz com a sua realidade. Assim como aquele badalado profissional, portador de um currículo invejável, talvez não se encaixe nos valores e na missão de algumas empresas.

Independente de quem é certo ou errado nesta relação, o fato é que tanto a empresa quanto o executivo têm chances de saírem frustrados desta batalha marcada por choques de ideais. Para evitar desapontamentos futuros, o mais correto é seguir à risca o lema “qualquer emprego e qualquer funcionário não servem”.

Não é fácil colocar em prática esta máxima. Uma saída efetiva é procurar por serviços de outplacement que fujam do modelo tradicional, daquele que estamos acostumados a ver no mercado de recursos humanos e que prezam pela recolocação profissional de forma comoditizada. A dica é avaliar se a consultoria escolhida tem uma metodologia especializada para atender peculiaridades e demandas específicas exigidas por setores aquecidos atualmente, como Tecnologia, Finanças, Construção Civil, Energia Elétrica e Telecom. Isso é um diferencial enriquecedor.

Entender o perfil da empresa e o perfil do profissional valoriza a ascensão corporativa do colaborador e reverbera à empresa uma vantagem competitiva incrível, já que ela terá na equipe um profissional altamente capacitado para performar de maneira eficaz em seu ramo de atuação.

Dado todo este cenário, o recado que fica para as empresas é para apostar sempre no empoderamento das pessoas para que elas sejam autoras e protagonistas da sua carreira e, consequentemente, da empresa em que ela trabalha. Já aos profissionais, pessoas físicas, dedico pensarem a partir de agora na transição de carreira como se fosse um negócio e que precisa ser planejada para que não esteja fadada à falência.

* Bruno Martins é coach especializado em projetos de transição e desenvolvimento de carreira e sócio-diretor da Trilha Carreira Interativa, consultoria especializada em desenvolvimento e transição de carreira. Via Portal Dedução

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Fonte: jc