Vanessa Brasiliense
Comunicação Agência Apex

Na manhã do dia 11 de setembro, o 21 CBC promoveu o II Fórum Brasil de Jovens Lideranças Contábeis. Este espaço foi dedicado à nova geração de profissionais da Contabilidade, com foco em temas essenciais como inovação, empreendedorismo e o desenvolvimento de habilidades.

A primeira sessão abordou o tema “Soft Skill na contabilidade da Geração Z”, e contou com a presença da professora adjunta da Universidade Federal da Bahia, Lorena Pinho, a empresária contábil, coordenadora da Comissão Jovem-Ba e coordenadora adjunta da Comissão Jovem Nacional, Adriana Pedroso Alves Macedo, e com o especialista em PowerBI na Contabilidade, sócio da Múltipla Assessoria Contábil e membro do CRC JOVEM por Goiás, Vitor Hugo.

A professora Lorena iniciou o debate falando sobre as diferenças geracionais e a importância do diálogo e compreensão com a geração Z. “Os novos clientes que queremos captar são da geração Z, bem como nossos colaboradores mais jovens e até mesmo nossos filhos. Então se eu não entender as particularidades dessa geração, eu não vou conseguir dialogar”, comentou. Lorena apontou diversos aspectos comportamentais – as Soft-Skills – e trouxe a importância de uma postura positiva em relação ao mercado de trabalho.

A contadora Adriana trouxe sua experiência pessoal para abordar a questão da adaptabilidade. “Tive uma trajetória bem longa e difícil. Saí de casa jovem da casa dos meus pais para ir para a faculdade. Ficava tão nervosa nas apresentações de trabalhos na faculdade que me dava dor de barriga sempre que precisava falar em público. Cheguei a vender roupas na faculdade para me manter. Mas nunca deixei de acreditar em mim mesma e consegui me adaptar. Precisamos saber que nós podemos tudo, basta só acreditar que podemos”, comentou.

O especialista em Power BI, Vitor Hugo, falou um pouco de sua experiência pessoal, trazendo o exemplo da anti-fragilidade. “Logo que me formei, herdei o escritório de contabilidade da minha família, que era do meu avô. Mas a má gestão ao longo do tempo fez com que o escritório que eu herdei já viesse mal das pernas. Isso me deu oportunidade de ‘esfarinhar’ o escritório. Nessa época eu tinha acabado de casar e ter minha primeira filha. Então a única opção que tive era fazer o escritório dar certo”. Vitor Hugo buscou especializações para trazer um diferencial para os clientes e se destacar no mercado. “Ser anti-frágil é pegar uma situação negativa e dar a volta por cima. Foi exatamente isso que fiz”, concluiu.

Logo em seguida, foi realizada a segunda sessão do fórum, que trouxe o tema “Definir é limitar: Construa. Inove. Empreenda”. Participaram da segunda sessão a vice-presidente da OAB de Feira de Santana/ vice-presidente Comissão Mulher Advogada, Lorena Peixoto Oliveira, a contadora, empresária contábil, palestrante, ex-professora universitária, Karina Missél, e o empresário contábil e Coordenador do CRC RJ Jovem, Tiago de Souza Santos.

O empresário Tiago começou relatando sua história, desde a sua cidade natal, Paraty, até o início de sua carreira contábil no Rio de Janeiro. “Em cada reunião com o cliente pode aparecer um novo sócio, um novo produto ou uma nova oportunidade. Para enxergar isso é necessário ter uma escuta ativa”, comenta. “Sempre me apresento para as pessoas como Tiago Contador e apresento meus serviços. Muita gente acha estranho, falam mal ou mesmo dão risada. Mas depois acabam vindo me perguntar: como você consegue fazer isso?”, relata.

A advogada Lorena trouxe uma visão inspiradora sobre sua trajetória. “Me perguntam sempre como eu dou conta de tantas funções. Essa pergunta é simples, mas me deixa inquieta. As pessoas não nos usam somente como fonte de inspiração. Muitos não te enaltecem não por sua capacidade, mas por não se encontram na mesma condição. Se estamos acumulando tantas funções é porque é uma escolha nossa. Para sermos pessoas de sucesso e felizes, além de um bolso cheio de dinheiro, precisamos deixar um legado. E para isso, precisamos correr atrás dos nossos objetivos enquanto há tempo”.

Com uma história de vida emocionante, a empresária Karina também relatou sobre sua infância humilde no Rio Grande do Sul até sua carreira bem sucedida como empreendedora contábil. “Nunca pensei em empreender na contabilidade, porque sempre achei que não tinha capacidade. Mas a oportunidade apareceu por necessidade. Pensei em desistir. Mas comecei a perceber que existia muito espaço para fazer diferente, e isso me motivou a seguir em frente. Se você está acomodado, vai colher o que a acomodação te traz. Temos diversas oportunidades na contabilidade. Precisamos ampliar nossa visão para perceber que a contabilidade é infinita”, afirmou.

Olimpíada de Contabilidade

Iniciando o terceiro momento do fórum, os integrantes da comissão organizadora da olimpíada foram chamados ao palco. A comissão é composta pela empresária contábil e coordenadora da comissão do CFC Jovem, Luana Aguiar, pela professora titular da Faculdade de Ciências Contábeis/UFBA e membro da Comissão Nacional de Educação e da Comissão de Conduta do CFC, Sônia Gomes, pelo professor, empresário contábil e autor Ronaldo Madeira e pela a contadora, criadora de conteúdo, coordenadora Comissão CRC MG Jovem, Bruna Rauen.

Luana Aguiar entregou a representantes regionais dos CRCs o prêmio Destaque e Inovação em Diversidade. Os vencedores foram os CRCs do Rio de Janeiro, Tocantins e Pernambuco.

O vice-presidente do CFC, Joaquim de Alencar foi chamado ao púlpito para iniciar a apresentação dos trabalhos das olimpíadas. “Já aviso com endosso do presidente Aécio Dantas que as olimpíadas da contabilidade vieram para ficar. Vamos fazer novas edições até levar ao MEC e termos a nossa olimpíada reconhecida pela educação brasileira”, afirmou.
A vice-presidente Dorgivânia Arraes também falou ao público. “Quero expressar todo meu amor a cada momento. Quando Luana nos levou a ideia da olimpíada, não tinha como dizer não (…). Isso foi um sonho que virou projeto e agora virou realidade. Esse foi o primeiro passo para o grandioso evento das olimpíadas”, afirmou.

O renomado jornalista e comunicador Rembrandt Pereira da Silva foi recrutado para apresentar as olimpíadas, que contou com duas categorias: estudantes e profissionais, contendo 5 finalistas em cada uma.

O desafio final para as olimpíadas foi divulgado na manhã do dia 11, com o tema “Importância na inovação do empreendedorismo e das soft skills na contabilidade para a geração Z”. Todos os finalistas tiveram 5 minutos para apresentar seus trabalhos e, em seguida, o público pôde votar no melhor trabalho através do QRcode fornecido.

O presidente Aécio Dantas participou da cerimônia de premiação, agradecendo a presença de todos, em especial dos participantes das olimpíadas. “Gostaria de parabenizar a iniciativa, que encontrou o abraço da Fundação Brasileira de Contabilidade. Foram 358 trabalhos apresentados nas duas categorias. Conseguimos trazer 10 finalistas de cada região, entre estudantes e profissionais. Esta será apenas a primeira de muitas olimpíadas que vamos realizar”, comentou.

Na categoria Estudantes, a vencedora foi Vitória Caroline Flôr da Rosa Bueno, estudante da Universidade Federal de Rondônia, no campus de Vilhena. A acadêmica se inscreveu nas olimpíadas cinco minutos antes do prazo final com auxílio do professor orientador Wellington Porto, chefe do departamento acadêmico de Ciências Contábeis. “Quando eu vi que a segunda etapa seria em Balneário Camboriú, na minha cabeça, eu pensei que nunca iriam me levar de Rondônia até lá. Demorou um pouco para me retornarem, mas quando passou a fase dos recursos, a Luana entrou em contato comigo dizendo que iam me trazer. Mesmo assim fiquei preocupada, pois muita cidade é muito precária nos transportes. Nem acredito que consegui chegar”, comentou. Vitória, agradeceu profundamente todas as pessoas que a ajudaram, em especial à Fundação Brasileira de Contabilidade, seus amigos e familiares.

A mineira, natural de Coração de Jesus, Maria Tereza Pereira Santos foi a vencedora da categoria profissionais. “Tivemos pouco tempo para nos preparar. E a última vez que falei em público foi durante a faculdade. Para mim, falar na frente de pessoas foi muito desafiador. Tive que ter muito jogo de cintura para dar conta”, comentou Maria. Como principal legado desta participação Maria afirma que é necessário deixar de lado a ‘síndrome de vira-lata’. “Precisamos ser participativos e dar o nosso melhor. Eu não tinha essa expectativa, mas olha só, acabou dando certo e estou muito feliz”, finalizou a vencedora.

Continue acompanhando a cobertura completa do Congresso no portal e nas redes sociais do CFC. Venha descobrir o que é “Ser Contábil: Humano, Digital e Ético”!

O CBC
O maior evento contábil da América Latina acontece a cada 4 anos e tem a finalidade de capacitar a classe contábil, promover o debate de temas atuais e estratégicos para a Contabilidade e proporcionar um ambiente de troca de experiências.

O 21° CBC contará com 48 painéis, 9 palestras, 22 fóruns e a apresentação de 136 trabalhos, entre produções técnicas e científicas. A programação ainda inclui Exposição Literária, Feira de Negócios e agenda cultural.

Resumo
As nuances da geração Z estão no centro do debate deste fórum, que ainda apresenta os vencedores da primeira olimpíada de contabilidade, com a presença de jovens e autoridades do CFC.

Fonte: Conselho Federal de Contabilidade
Contabilidade em São Bernardo do Campo. Abertura de empresa é com a Contabilidade Dinelly. Clique aqui