Por Gabriel Jordy
Comunicação CRCPA
A tarde desta quarta-feira, dia 11, foi para debater a educação e seus preconceitos no que tange o acesso a tecnologias, espaço geográfico e o “novo” perfil do acadêmico de Ciências Contábeis. Foi isso que abordou o painel “Educação sem Preconceitos”, realizado no último dia do 21º Congresso Brasileiro de Contabilidade (CBC).
O painel atraiu vários gestores, professores, contadores do setor público além de acadêmicos de ciências contábeis. O professor e controlador-geral da Universidade de São Paulo (USP), Edgard Bruno Cornacchione Junior, compartilhou uma abordagem prática e inovadora do chamado “Ensino Personalizado”, que torna o ensino e a aprendizagem mais individualizada, de acordo com as capacidades, dificuldades, interesses, níveis de conhecimento, estilos de aprendizagem e perfil comportamental de cada acadêmico. “É preciso mudar o conceito de ensino no Brasil, desde a estrutura física das salas de aula até a relação de professores falando e de alunos passivos ouvindo”, afirmou.
Para Cornacchione, as novas tecnologias não só podem como devem ajudar nesse processo de mudança no modelo educacional. E isso envolve todos os níveis educacionais, em especial da graduação. “Não podemos desconsiderar a inteligência artificial nem uma inovação tecnológica em nenhum segmento ou profissão. O desafio maior é como treinar e direcionar essas ferramentas, mas nunca apostem contra a tecnologia”, explicou o professor.
Seguindo o mesmo pensamento de Cornacchione, o mestre em Contabilidade Carlos Adriano Gordiano complementou o entendimento. Para ele, é possível construir uma educação sem preconceito por meio de algumas perspectivas. “Primeiro, é reconhecer quais preconceitos são esses que passam desde a infraestrutura, o acesso, as pessoas que mediam a educação ou as instituições. Então, por mais que as novas tecnologias assustem no início, não podemos deixar de enxergá-las com uma potência de possibilidades”, disse. “Quando se fala em preconceito, a primeira medida que deve ser priorizada é o acolhimento. Seja de infraestrutura, de tecnologia ou de pessoas e, a partir daí, pensar uma nova educação e uma nova contabilidade”.
O painel foi mediado pelo professor e pesquisador Iago França Lopes que agradeceu a oportunidade de estar debatendo em um evento tão qualificado como o Congresso Brasileiro de Contabilidade. “É muito importante ter esse momento de fala, de troca, para pensar e discutir o futuro do curso de Ciências Contábeis no Brasil”.
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O CBC
O maior evento contábil da América Latina acontece a cada quatro anos e tem a finalidade de capacitar a classe contábil, promover o debate de temas atuais e estratégicos para a Contabilidade e proporcionar um ambiente de troca de experiências.
O 21° CBC contará com 48 painéis, 9 palestras, 22 fóruns e a apresentação de 136 trabalhos, entre produções técnicas e científicas. A programação ainda inclui Exposição Literária, Feira de Negócios e agenda cultural.
Fonte: Conselho Federal de Contabilidade
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