A previsão do tempo indica que fevereiro continuará sendo chuvoso. Bom para os reservatórios, atenção para algumas cidades que sofrem com as enchentes, e alerta para quem pega as estradas. Apesar do Carnaval ter sido cancelado em muitos municípios, muita gente vai aproveitar a emenda do feriado para viajar e passear com a família.
E se a probabilidade de chuva continua em alta em todo o país, é aconselhável que antes de ingressar na estrada o motorista olhe alguns pontos do veículo, a fim de prevenir-se frente às tempestades de verão, compostas por índice pluviométrico alto, rajadas de ventos e muita variação de temperatura.
Com este cenário, uma das ocorrências mais frequentes é a aquaplanagem, uma ação que consiste na perda de contato entre os pneus do veículo e o asfalto, em virtude do acúmulo de água sobre o piso. Quando isso ocorre, há o risco de perda do controle e da dirigibilidade do automóvel.
Para diminuir as probabilidades deste evento inesperado, os pneus devem estar em boas condições de uso e com os sulcos dentro da especificação determinada. Vale lembrar que as ranhuras dos pneus são as responsáveis pelo escoamento da água. Quanto menor esses sulcos, menor a capacidade de drenar a quantidade de água, e consequentemente, maior o risco de o veículo perder o controle.
O TWI (indicador de desgaste) com 1,6mm de profundidade do sulco no pneu é o valor mínimo aceitável pelas leis Brasileiras para condições de tráfego nas vias, entretanto existem pesquisas que mostram uma acentuada queda de performance da dirigibilidade em condições de chuva moderada, situação em que o piso apresenta condições de 0,50mm até 1,5mm com lâmina de água.
Nestes casos, há estudos que demonstram que pneus com ranhuras em torno de 1,6mm precisaram de 13m a mais para atender a frenagem a uma velocidade de 80 Km/h em comparação aos pneus novos. Importante observar que a distância de frenagem também pode ser impactada por pneus descalibrados, portanto, lembre- se de calibrar os pneus antes da viagem!
Outra dica para evitar a aquaplanagem é reduzir a velocidade ao perceber grandes quantidades de água no asfalto. Já quando o veículo perde o contato com o solo, a recomendação é não frear bruscamente e nem virar o volante. O ideal nessas condições é parar de acelerar o carro e segurar o volante em linha reta para garantir que as rodas estejam sempre no traçado.
Para se assegurar que o carro estará sempre conectado no asfalto, observe se o veículo da frente deixa rastro no piso. Isso é um sinal de que o pneu circula com aderência.
“É muito importante fazer uma revisão de acordo com a situação em que se vai encontrar à frente. O mesmo acontece nas provas de rali ou de enduro. Por exemplo, ao levar mais carga, reveja a calibragem, ou, se vai rodar na terra, opte por um pneu misto. Se vai rodar mais, observe a validade do lubrificante e assim por diante. Já em épocas de tempestades, é essencial dar maior atenção aos pneus e freios, além de cuidar da visibilidade”, explica Leandro Vanni, gerente da plataforma de treinamento da DPaschoal, Maxxi Trainning Academy.
Outros itens que devem ser analisados antes da estrada em dias de chuva são:
1 – Limpador de para-brisa
O sistema que limpa o vidro conta com as hastes, um motor elétrico e palhetas. Se os três itens não estiverem em ordem, a eficiência do equipamento é prejudicada. Para que funcione corretamente, a borracha do limpador não pode estar ressecada ou desgastada, o motor deve funcionar sem interrupções e a haste deve estar alinhada com o ângulo do para-brisa. “Muitas vezes, fazemos um simples ajuste nos braços que sustentam os limpadores e evitamos uma série de trocas desnecessárias. Basta verificar na verdade como está o alinhamento do movimento com o desenho do vidro”, explica Vanni.
2 – Sistema de ventilação
Para enxergar a estrada com segurança, é importante deixar o desembaçador do para-brisa em ordem. Muitas vezes, a eficiência deste sistema é comprometida pela quantidade de sujeira, como folhas secas de árvore, nos dutos e filtros. Se o automóvel tiver ar-condicionado, é ideal que o motorista o ligue na velocidade máxima e na temperatura mais fria, pois o ar frio vai retirar toda a umidade do vidro e melhorar a visibilidade. Na ausência do item, a melhor opção é usar o ar quente, que faz as gotículas condensadas evaporarem. Quando o carro não conta com nenhum destes recursos, o motorista deve usar um pano bem limpo. Atenção: Nunca use a palma da mão para tentar desembaçar o vidro, a gordura da mão com a água piora a situação. Um outro ponto de atenção, é que o excesso de silicone aplicado no painel quando exposto à altas temperatura acaba evaporando-se e contribuindo para que os vidros fiquem “engordurados”.
3 – Reservatórios
Todo veículo tem um reservatório de água para contribuir com a limpeza do para-brisa. A maioria dos motoristas coloca detergente neste compartimento achando que o sabão vai tirar a gordura ou o óleo do vidro. Porém, existe um perigo aí.
O detergente é bom para louças, mas um vilão para a lataria do automóvel, ocasionando manchas e riscos no vidro, ocasionados pela impregnação e acúmulo de partículas. Para a área emborrachada, há ocorrência do ressecamento das palhetas e das vedações do próprio vidro. O ideal é recorrer aos aditivos de para-brisa com Ph neutro. Lembre-se também de verificar a bomba elétrica que esguicha a água, as mangueiras e o ponto de saída, avaliando se não há entupimentos.
4 – Mantenha distância
Em geral, é necessária uma distância maior para frear em superfícies molhadas e escorregadias. Por isso é importante não ficar muito próximo dos veículos à frente. Certifique-se também de que os faróis, luzes traseiras, luzes de freio e pisca-piscas do veículo estejam em ordem.
Nunca ligue o pisca-alerta com o carro em movimento. Tal ação errada, muito comum nas estradas, pode ocasionar acidentes inesperados por frenagens antecipadas ou bruscas.
5 – Parada de descanso
Se a chuva estiver muito forte, não pare no acostamento. Procure um local seguro para estacionar, tais como área de descanso, postos de gasolina, restaurantes etc. Ficar no acostamento na tempestade torna o veículo mais vulnerável diante de derrapagens.
6 – Alinhamento de Direção
Um dos sintomas de que há um desalinhamento da direção, é o veículo apresentar uma tendência de desvio para as laterais durante o percurso, o que provoca desgastes irregulares e compromete a dirigibilidade e a segurança do veículo. Pneus que “cantam” nas curvas e volantes que teimam em permanecer tortos nas retas são sintomas de desalinhamento. Recomenda-se verificação do alinhamento da direção a cada 6 meses ou 10.000 Km.
Outras situações que exigem uma apuração do alinhamento são quando há fortes impactos, desgaste irregular dos pneus, substituição de pneus novos e quando há peças substituídas na suspensão.
7 – Bateria
Cada vez mais, os veículos demandam mais energia, principalmente pelos acessórios e pelas condições de uso. Uma bateria já com a vida útil comprometida, pode apresentar falha sem aviso prévio e quando descarregada impacta toda a programação da viagem. Recomenda-se a verificação das condições da bateria a cada 6 meses, tais como: presença de “zinabre”, vazamentos de eletrólito, caixa estufada, adesivo da bateria com aspecto de queimado, correta fixação da bateria etc. É na chuva, principalmente, que ela não pode falhar.
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Fonte: Jornal Contábil
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