Uma plateia diversa, formada por importantes grupos da sociedade civil, incluindo representantes de comunidades quilombolas e indígenas, participou da abertura do Espaço Chico Mendes e Fundação Banco do Brasil na COP30, em Belém, na noite deste domingo (9). O evento marcou a inauguração do ambiente que busca dar visibilidade à ciência e a projetos de base sustentável, fomentar experiências de inclusão produtiva e projetar ações que traduzem, em escala local, o que o planeta discute em escala global durante a conferência do clima.

A cerimônia reuniu autoridades como Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima; Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações; a princesa Esmeralda da Bélgica; Jorge Viana, presidente da ApexBrasil; e o presidente do Sebrae, Décio Lima, entre outros. A abertura também contou com a presença de Angela, Elenira e Angélica Mendes, respectivamente filhas e neta de Chico Mendes, seringueiro e ambientalista assassinado em 1988 por enfrentar interesses que ameaçavam a floresta no Acre.

Em seu discurso, Décio Lima relembrou o legado de Chico Mendes e citou o pensador indígena Ailton Krenak ao defender que a sustentabilidade é uma “utopia possível” em meio à emergência climática. Segundo ele, a bioeconomia, fortalecida por empreendedores locais, oferece um caminho concreto para romper com a lógica de concentração de riqueza que ainda molda cadeias produtivas globais, incluindo as grandes plataformas digitais. Ao dirigir-se a Marina Silva, afirmou: “Ministra, a senhora é uma voz brilhante por trazer ao mundo a sua utopia permanente, que é lutar por um planeta sustentável”.

Marina Silva rememorou episódios de sua convivência com Chico Mendes e afirmou que ele ficaria impressionado ao ver instituições do Estado atuando de forma integrada em defesa da floresta. “Herança é aquilo que se divide e acaba. O Chico deixou um legado”, disse. Já a ministra Luciana Santos ressaltou o simbolismo do local escolhido para receber o espaço: o Museu Paraense Emílio Goeldi, que há 160 anos produz conhecimento sobre a Amazônia.

Unir ciência, cultura, diversidade e natureza num espaço que homenageia Chico Mendes tem um significado muito especial, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações, Luciana Santos

A programação do Espaço Chico Mendes e Fundação BB ao longo da COP30 incluirá debates, rodas de conversa e exposições que dão visibilidade a soluções construídas por comunidades tradicionais, movimentos extrativistas, jovens amazônidas e iniciativas de bioeconomia. Parceiro histórico da Fundação Banco do Brasil, o Sebrae mantém cooperações em educação empreendedora e firmou recentemente convênio para fortalecer negócios solidários urbanos, rurais e comunitários. O espaço é uma ação do Comitê Chico Mendes, do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e da Fundação BB, que funcionará até 21 de novembro, no Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém.

O Sebrae na COP30

Com estande de 400 m² instalado na Green Zone, o Sebrae transforma sua presença na COP30 em uma experiência imersiva inspirada na Amazônia e na diversidade do país. Além de vitrine viva de inovação e cultura, é um espaço de diálogo e network, com sala de reuniões, auditório e loja colaborativa de produtos da bioeconomia, conectando lideranças, investidores e empreendedores.

De 10 a 21 de novembro, das 9h às 20h, a programação combina conteúdo, cultura e sensorialidade, com atrações como webséries e documentários exibidos no “PedaCine do Brasil”, apresentações culturais, degustações e harmonizações com ingredientes regionais. O Sebrae também montou a Zona do Empreendedorismo (En-Zone), no Parque Belém Porto Futuro, e trabalha em ativações urbanas e outros pontos de presença pela capital do Pará. Acompanhe a cobertura completa dos pequenos negócios na COP30 pela Agência Sebrae de Notícias.

Fonte: SEBRAE
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