“A inteligência artificial não é para o futuro, é hoje”, diz especialista
Arlindo Galvão. Foto: Hermínio Nunes

O Sebrae conta com a parceria do Centro de Excelência de Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás para apoiar a entidade em soluções de automatização, projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, além de atender microempresas e startups interessadas em utilizar ferramentas que contribuam para o crescimento dos seus negócios. O coordenador do CEIA, como é conhecida a unidade, Arlindo Galvão, conversou com a Agência Sebrae de Notícias durante a realização do Startup Summit, em Florianópolis (SC).

A discussão sobre a Inteligência Artificial cresceu nos últimos meses. Mas vocês trabalham há muito tempo, não é?

A gente já trabalha com inteligência artificial em projetos, já com indústria, com empresas, desde 2012. A gente viu nascer e desde o começo a gente estava sempre estava ali entre as referências. Estamos atuando em soluções que a gente chama tropicalizadas, ou seja, as nacionais, que envolvem dados brasileiros e em língua portuguesa. Somos hoje o centro de maior abrangência nesse tipo de tecnologia. Os principais aplicativos, como de entrega de comida, passam por uma solução nossa de inteligência artificial de análise de dados e generativa. A gente já fez umas contas que já atingem 90 milhões de brasileiros. Nossas soluções já estão fora do Brasil também, com parcerias rodando em cinco países, como Canadá e Países Baixos.

A inteligência artificial vai substituir a inteligência natural?

Essa é uma boa pergunta, mas que eu prefiro, em vez de falar inteligência artificial, talvez a gente pudesse falar em uma inteligência expandida ou aumentada. Ela será complementar. Imagina um copiloto para diversas tarefas em que acaba que as suas ações ficam mais aprimoradas, mais escaladas e te apoiará em outras tarefas repetitivas, que muitas vezes não exigem tantas frentes em que você poderia automatizar e ganhar tempo fazendo outras coisas melhores.

As startups precisam investir em inteligência artificial para poder sobreviver?

Não só as startups, mas as outras empresas também. A gente vai ter que ter uma transformação de todo o mercado e quem não se adequar de fato a essas novas ferramentas, não se atualizar, a tecnologia acaba atropelando a todos. Então estamos falando de uma nova revolução. A inteligência artificial não é para o futuro, ela já é hoje, ela já existe, já está em nossas vidas e os negócios, sejam eles pequenos ou grandes, quem não se adaptar para aproveitar e se munir dessas ferramentas para então crescer e continuar se atualizando, vai ficar para trás.

Fonte: SEBRAE
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