Muito tem se falado sobre os impactos das inovações tecnológicas no dia a dia das profissões e na vida das pessoas. Como especialista da área de Recursos Humanos, quero abordar a forma como a rotina do profissional de RH também foi transformada pela tecnologia.
A área de RH sempre foi reconhecida por ser uma das mais burocráticas, com diversas atividades manuais, mas de uns tempos para cá isso mudou completamente. Sabemos que atualmente é impossível pensar no profissional de RH exercendo suas funções sem o uso da tecnologia, já que isso tornou a área realmente mais estratégica dentro das empresas.
Para citar apenas um exemplo, o Recrutamento e Seleção – também chamado de R&S – deu um salto evolutivo impressionante. Até pouco tempo os currículos eram recebidos em papel e se acumulavam nas mesas das consultorias em enormes pilhas. Além do volume absurdo, ainda havia a questão do tempo que os profissionais levavam para ler cada currículo, o que demandava equipes dedicadas quase que exclusivamente à avaliação dos perfis, à seleção dos currículos que se encaixavam nas vagas existentes etc.
Hoje é tudo mais fácil e simples. Os candidatos enviam seus currículos por e-mail ou se candidatam por meio das plataformas de seleção disponíveis. Tudo isso permite que o profissional de RH seja mais ágil e assertivo. Outras atividades que também demandavam muito tempo, como agendar entrevistas e organizar dinâmicas de grupos, agora são realizadas de forma muito mais rápida. Tudo isso fez com que processos, que antes levavam meses para serem concluídos, agora demandem apenas alguns dias, dependendo do perfil da posição.
Já no que se refere à divulgação das vagas, não podemos deixar de mencionar a importância do LinkedIn, que se tornou uma ferramenta de apoio importante aos profissionais de RH, uma vez que uma postagem sobre vagas nessa rede social permite atingir profissionais de diversas localidades, inclusive outros países.
Apesar dos muitos benefícios que a tecnologia trouxe, devemos mencionar também um ponto de atenção com relação a ela. A superexposição nas redes sociais, tanto do ponto de vista pessoal como institucional, pode ser prejudicial. Nas redes estamos expostos a tudo: críticas, sugestões, elogios e comentários. No caso das empresas, elas devem ficar atentas para que suas postagens de vagas não tenham nenhum erro, pois isso pode gerar uma repercussão muito grande, ou até mesmo uma crise de reputação desnecessária e também cuidar para que todos os candidatos sejam respondidos. Já no caso das pessoas, também é preciso atenção, pois atualmente é comum os recrutadores pesquisarem os perfis dos candidatos nas redes sociais – e, dependendo do que encontrarem lá, eles poderão até desconsiderar uma pessoa de um processo seletivo.
Entretanto, o mais importante em relação à evolução tecnológica em nossa área é que, com a rotina do RH mais automatizada, sobra tempo para que os profissionais se dediquem ao que realmente importa: as pessoas. A tecnologia nunca poderá superar o olho no olho, um feedback, um retorno para um candidato do porquê ele não foi selecionado, uma conversa sobre como é possível evoluir dentro da empresa etc. Esses momentos são importantes. As pessoas precisam disso e acredito que esse tipo de atividade é a mais importante para um profissional de RH.
Mas, até mesmo nisso, a tecnologia tem seu papel. Para apoiar as orientações que o gestor de RH pode dar e guiá-lo em suas atividades, temos agora os testes de habilidades e competências. Com essas ferramentas tecnológicas, que já estão sendo consideradas imprescindíveis, o trabalho do RH se torna ainda mais eficiente e assertivo, especialmente no que se refere à seleção e promoção de profissionais.
Descobrir antecipadamente as habilidades de um candidato dá mais segurança ao processo de recrutamento. Já é possível enviar o link desses testes para que o candidato faça tudo de forma on-line. São diversos os ganhos decorrentes dessas inovações. Primeiro, o tempo dispendido em cada seleção é reduzido – se antes uma análise inicial de candidato demorava 20 dias, hoje dura no máximo 10. Também há uma economia financeira para as empresas, o aumento de produtividade nos processos, e ainda ganhos ambientais com a redução de papel, dos currículos e também dos testes. Isso para citar apenas algumas vantagens.
Diante das novas tecnologias, a questão crucial que surge agora é a necessidade de atualização dos profissionais de RH, que precisam estar bem informados, treinados e cada vez mais dispostos a utilizar os novos sistemas disponíveis no mercado.
Assim, é fundamental buscar atualização. Se você trabalha com RH, olhe para si mesmo também como um candidato e reflita: será que tenho as habilidades e competências que hoje são tão importantes para a minha área de atuação?
Nadjane Gomes – É Psicóloga e Gerente de RH do Grupo Soulan
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Fonte: Jornal Contábil
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