O grupo Americanas que enfrentam uma crise financeira muito difícil, com isso a varejista começou a demitir funcionários indiretos e a dispensar fornecedores.
Um dos problemas apontados por especialistas é que o dinheiro devido aos demitidos terá de ser pago imediatamente já que não entra no processo de recuperação judicial.
A união geral dos trabalhadores e o sindicato dos comerciários de São Paulo, confirmaram a primeira leva de demissões das Americanas, 50 prestadores de serviço foram desligados em São Paulo e Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Desde o último dia 19 a justiça aceitou o pedido de recuperação judicial, o grupo ganhou uma trégua para negociar com os credores, e trava uma disputa com fornecedores e bancos para garantir a sobrevivência no mercado.
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Demissões
A crise deflagrada com o roubo de 20 bilhões de reais no balanço da empresa, começa a atingir os empregados, no Rio de Janeiro as primeiras demissões são dos funcionários indiretos ou seja dos terceirizados, mas os cortes devem chegar no pessoal que tem contrato formal de trabalho.
A rede tem 40 mil funcionários diretos e cerca de 60.000 indiretos, muitos estão aflitos com a chance de perder o emprego, com o possível o fechamento de lojas.
A medida para tentar reduzir custos fixos com o aluguel e pessoal, deve afetar em torno de 30% dos pontos de venda de todo o país.
Uma das dificuldades será arcar com o custo das demissões, é que a quantia devida aos empregados demitidos após o pedido de recuperação judicial não pode ser paga dentro do plano aprovado na justiça.
Não existe nenhuma previsão no plano de recuperação judicial de pagamento parcelado dessas demissões, o que é importante para respaldar os direitos dos empregados, já que as verbas trabalhistas têm natureza alimentar.
A preocupação com a quantidade de demissões na Americanas chegou até à esfera Federal, e foi assunto de uma coletiva com o ministro do trabalho, Luiz Marinho, que afirmou que é possível ter ocorrido fraude.
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Fornecedores
Fornecedores buscam soluções para receber o pagamento das dívidas, como fornecedores e acionistas foram pegos de surpresa com o pedido de recuperação judicial, a estratégia agora é ajudar a companhia a sair do buraco.
O princípio básico é negociar sem priorizar um determinado grupo de credores, segundo analistas de mercado a dívida da companhia pode ser de até 10 bilhões de reais a mais do que os 41 bilhões anunciados, isso porque alguns débitos não entraram no plano de recuperação judicial.
Débitos como, despesas trabalhistas, indenizações e recolhimentos previdenciários ficaram de fora, a dívida pode engrossar ainda mais com demissões.
Na análise dos especialistas o que a companhia precisa agora, é de credibilidade, algo que ela perdeu por suspeita de maquiar os balanços, o mercado está em compasso de espera por uma possível injeção de recursos, principalmente por parte dos três acionistas majoritários, mas isso ainda é incerto.
É um efeito Bola de Neve, enquanto o mercado desconfia da capacidade de pagamento da Americanas, os fornecedores tendem a endurecer as negociações, os próprios fornecedores vão exigir uma condição de pagamento melhor.
A confiança com americanas praticamente acabou, então para receber produto para vender, os fornecedores vão exigir mais e sem caixa infelizmente nenhuma empresa consegue sobreviver.
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Fonte: Jornal Contábil
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