Nesta quarta-feira (1º), o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reuniu, e decidiu-se que a taxa de juros Selic deve se manter em 13,75%.
A taxa continua no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano.
Tudo indica que em setembro deste ano, pode acontecer a baixa nas taxas de juros para dezembro de 2023, a projeção para a Taxa Selic é de 12,5%.
De acordo com documento divulgado, existe uma perspectiva de crescimento econômico global e um “ambiente inflacionário pressionado” foram as principais causas para a manutenção da taxa. No entanto, sinais de resiliência do mercado e o relaxamento de normas restritivas da pandemia de Covid-19 na China tem aliviado algumas questões do mercado financeiro.
O comitê explicou porque manteve a taxa em 13,75%.
“O comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período mais prolongado do que no cenário de referência será capaz de assegurar a convergência da inflação. O comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, que têm mostrado deterioração em prazos mais longos desde a última reunião”, destacou o texto.
Essa foi a quarta vez seguida em que o BC não mexe na taxa, que permanece nesse nível desde agosto. O Copom, anteriormente, já tinha elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.
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Inflação
O Banco Central tem a Selic como o principal instrumento para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em 2022, o INPC fechou em 5,79%. A inflação continua subindo desde o final do ano passado, devido a alta do preço dos alimentos e da reversão parcial das desonerações sobre os combustíveis.
O índice fechou o ano passado acima do teto da meta de inflação. Para 2022, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 5% nem ficar abaixo de 2% no ano passado. Para 2023, a meta de inflação está em 3,25%, também com margem de 1,5 ponto percentual, o que garantiria um intervalo entre 1,75% e 4,75%.
No final de dezembro do ano passado, o Banco Central divulgou o Relatório de Inflação, que estimava que o IPCA fecharia 2023 em 5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de março.
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Fonte: Jornal Contábil
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