BDRs: Qual a melhor maneira de se investir no exterior?

A expressão BDRs é a abreviação de Brazilian Deposit Receipts, que são certificados característicos de ações de empresas estrangeiras negociados no Brasil.

Isso significa que se uma empresa estrangeira quer se estabelecer no mercado brasileiro, ela deve participar do programa relacionado a BDRs.

Inúmeras multinacionais utilizam esse recurso para acessar mercados internacionais para aumentar sua visibilidade e, desde 2010, esses ativos são negociados na BM&F Bovespa.

Benefícios dos BDRs

Há muitas maneiras de uma companhia se beneficiar ao se listar em um mercado estrangeiro, e alguns desses benefícios são:

  • crescimento de acionistas fora do país de origem;
  • aumento da liquidez da ação;
  • opção adicional para a captação de recursos;

Já para os investidores, a maior vantagem é, sem dúvidas, o fato de não precisar abrir uma conta no exterior e nem converter real para dólar para comprar ações estrangeiras.

Entretanto, é necessário lembrar, também, que nem sempre as regulamentações dos mercados internacionais são as mesmas do Brasil, o que pode, por consequência, dificultar o entendimento de balanços e resultados financeiros de empresas localizadas em outros países.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permitiu a negociação desse tipo de ativo financeiro no Brasil em 1996, mas apenas em 2010 a Bolsa começou a listar mais empresas.

Tipos de BDRs

Existem, basicamente, dois tipos destes ativos e abaixo se encontram as principais diferenças entre BDR patrocinado e não patrocinado.

BDRs Patrocinados: nesse caso, há o interesse direto da companhia em listar suas ações no mercado brasileiro, contratando uma instituição depositária dos recibos.

BDRs Não Patrocinados: já nesse caso, normalmente a emissão é feita pela instituição depositária sem o envolvimento da companhia estrangeira.

Vale ressaltar que existem apenas sete instituições que podem fazer este tipo de operação no Brasil: Bradesco, Fibra, BM&F Bovespa, Citibank, Deutsche Bank, Itaú Corretora e Itaú Unibanco.

Ainda, a primeira emissão de não patrocinados incluiu 10 empresas: Apple, Google, Bank of American Corporation, Arcelor Mittal, Goldman Sachs, Billiton Limited Common, WalMart, Exxon Mobil, Mc Donald’s e Pfizer.

Há de se destacar que até antes do dia 22 de outubro de 2021 para se negociar BDRs patrocinados nível I é preciso declarar ter mais de R$ 1 milhão em conta, dificultando o investimento para investidores iniciantes. Porém essa regra mudou, agora podendo ser negociado com valores menores abrindo para investidores iniciantes.

Já os BDRs patrocinados níveis II e III são mais acessíveis para os investidores pessoa física.

É interessante ressaltar, ainda, que existe um número muito maior destes ativos não patrocinados do que patrocinados no Brasil.

Para investir nestes instrumentos financeiros é preciso ter uma corretora de valores para fazer a intermediação.

Conclusão

Para se aplicar em BDRs, é recomendável que o investidor seja experiente para que, assim, possa se aumentar a margem de segurança em suas aplicações, pois as regulamentações são diferentes e é necessário acompanhar dois ou mais mercados ao mesmo tempo para fazer um bom negócio, além da necessidade de avaliar empresas listadas no mercado de bolsa de valores (EBITDA), tornando a operação bastante complexa e aumentando, com isso, o grau de risco no seu processo de execução.

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Fonte: Jornal Contábil
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