A contribuição dos pequenos negócios para o desenvolvimento econômico sustentável ganhou destaque na 3ª Reunião da Iniciativa de Bioeconomia (GIB) do G20 que acontece em Manaus (AM). Na presença de representantes dos países-membros do fórum, de organismos internacionais e autoridades nacionais, o diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, destacou como é possível transformar o potencial do bioma Amazônico brasileiro, com a floresta de pé, em desenvolvimento socioeconômico sustentável e inclusivo.

Nós temos, hoje, somente no sistema tributário simplificado, 23 milhões de pequenos empreendimentos que emitem, geram resíduos, consomem produtos e matérias primas, desenvolvem relações com pessoas e servem à sociedade. Sem dúvida, são fundamentais para uma mudança que envolve a bioeconomia e a sustentabilidade.

Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae Nacional

Segundo ele, atualmente, a região da Amazônia Legal reúne 28 milhões de pessoas, sendo que 79% vivem nas cidades. Quick destaca que um dos desafios é incorporar a sustentabilidade no dia a dia de milhares de pequenos negócios no país.

Precisamos olhar para a floresta, e sua relação com as cidades tem que ser boa, pois é lá que estão oficinas mecânicas, açougues, clínicas, supermercados, restaurantes, limpeza pública etc.

Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae Nacional

O diretor técnico aproveitou a ocasião para reforçar o papel do Sebrae como indutor de políticas públicas em prol do fomento e fortalecimento do empreendedorismo brasileiro ao aproximar o poder público local dos pequenos negócios e ao realizar parcerias estratégicas.

Ele explicou que a atuação do Sebrae abrange negócios tradicionais que impactam o meio ambiente, como também negócios tradicionais relacionados com a bioeconomia e ainda, com negócios inovadores ou startups. Entre as iniciativas da entidade, ele citou a atuação dos Agentes Locais de Inovação (ALI), o Catalisa ICT, Polo Sebrae de Bioeconomia, Inova Amazônia, Sebraetec, Indicações Geográficas, entre outras.

De acordo com ele, o Inova Amazônia acelerou 409 negócios até o momento com investimentos em torno de R$ 7,3 milhões e R$ 23 milhões em bolsas de estudo. “São investimentos que geram uma verdadeira revolução. Qualquer negócio desses que der certo, recupera esse investimento todo. Um exemplo é a startup AeroRiver, criada há pouco mais de dois anos que já recebeu manifestação de interesse com valor aproximadamente do total desses investimentos”, comentou Quick.

Fonte: SEBRAE
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