O Ibovespa fechou em alta pelo terceiro pregão seguido nesta quinta-feira (18), com as ações do Itaú Unibanco entre as maiores contribuições positivas, além de nova redução na taxa básica de juros, com sinalização de mais um corte ‘residual’ à frente.
A hesitação nos mercados no exterior, em meio a receios sobre nova onda de casos de Covid-19 quando as economias começam a reabrir, contudo, evitou uma sessão mais positiva.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,6%, a 96.125,24 pontos, chegando a superar os 97 mil na máxima da sessão. No pior momento, nos primeiros negócios, caiu a 94.697,53 pontos.
O volume financeiro da sessão somou R$ 27,77 bilhões.
Análise gráfica da equipe da Santander Corretora estima que, caso a pressão compradora se intensifique, o Ibovespa deverá seguir em direção à resistência em 98.000 pontos e, depois, pode buscar os 102 mil pontos.
Na véspera, o Banco Central corroborou perspectivas e reduziu ainda mais a taxa Selic, para 2,25% ao ano, movimento que tem estimulado migração de recursos para a bolsa, em busca de rendimentos mais elevados.
A analista da XP Betina Roxo ressaltou em relatório a clientes que, pela primeira vez na história, o rendimento dos dividendos das empresas do Ibovespa supera a taxa básica de juros brasileira.
“Apesar da redução das estimativas dos lucros das empresas neste ano e consequentemente do pagamento dos dividendos, os juros continuam em queda… Portanto, essa comparação do rendimento dos dividendos com os juros continua positiva, o que mostra a atratividade tanto da bolsa quanto dos bons pagadores de dividendos”, argumentou.
Ela ainda chamou a atenção para o fato de que as taxas de juros mais baixas também têm efeitos diretos para as companhias, como redução no custo de dívida e incentivo para investimentos.
No exterior, a sessão foi marcada por alguma hesitação, em meio ao aumento de novos casos de Covid-19 em alguns Estados norte-americanos, bem como dados mostrando que os pedidos de auxílio-desemprego permanecem elevados.
O S&P 500 fechou praticamente estável.
Além do cenário mais cauteloso no exterior, a cena política tensa teve novos eventos, com a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o que traz receios sobre a articulação política do governo.
Destaques
– ITAÚ UNIBANCO PN fechou com elevação de 3,92%, melhor desempenho dos bancos do Ibovespa. O BTG Pactual citou a forte valorização das ações da XP nas últimas semanas, lembrando da relevante fatia que o banco tem no grupo, com opção de ampliá-la. Eles adicionaram que muito tem se questionado se o Itaú pode vender ou distribuir as ações da XP para acionistas, embora isso possa desencadear um pagamento de imposto sobre ganho de capital de até 45%. Uma alternativa, na visão da equipe do BTG, seria fazer o spin-off do Itaú para seus acionistas, embora não seja certo que não haverá imposto sobre a transação. Noutro relatório, o BTG citou que o discurso do banco melhorou em relação há um mês. “Nossa percepção é de que o lucro líquido poderia melhorar na base trimestral no segundo trimestre devido a menores provisões para perdas com empréstimos”, afirmaram, estimando boas chances de o lucro no segundo trimestre ficar acima do observado no primeiro. No setor, BRADESCO PN caiu 0,36%, enquanto BTG PACTUAL, saltou 9,12%.
– PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiram 0,75% e 1,57%, respectivamente, apoiadas pela alta do petróleo no exterior tendo de contexto um painel formado pela Opep e por aliados que se reuniu para revisar cortes recordes à oferta da commodity. Além disso, a companhia está retomando os planos de venda de sua fatia restante na BR Distribuidora, afirmaram à Reuters duas pessoas com conhecimento do assunto. Em comunicado, a empresa disse que vem estudando venda adicional de sua participação da BR, mas ainda não há deliberação sobre detalhes da operação.
– CIELO ON valorizou-se 8,69%, ainda embalada pela decisão do WhatsApp, do Facebook, de lançar um sistema de pagamento digital no Brasil em parceria com a empresa de cartões e outras instituições financeiras. Desde então, os papéis já contabilizam uma alta de mais de 30%.
– VALE ON teve oscilação negativa de 0,05% com queda dos preços do minério de ferro na China, no contexto de suspensão da interdição do Complexo de Itabira. Nesta quinta-feira, a Vale também disse que iniciou manutenção planejada em sua mina de Voisey´s Bay, no Canadá, como primeiro passo para a retomada das operações em julho.
– CEMIG PN recuou 3,07%, com o setor elétrico entre os destaques negativos, após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) colocar na pauta da próxima reunião para discutir pacote de socorro às elétricas. Havia expectativa de que a proposta fosse abordada já nesta sexta-feira.
– MULTIPLAN ON caiu 3,45%, em sessão de ajustes, após avançar mais de 5% na véspera. No setor, IGUATEMI ON recuou 1,41% e BRMALLS ON cedeu 0,75%.
Fonte: Agência Brasil – Paula Arend Laier
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Fonte: Jornal Contábil
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