O Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do Brasil, atendendo famílias com renda per capita de até R$ 218 por mês. Em 2025, o programa movimenta R$ 167,2 bilhões, beneficiando 21,9 milhões de famílias, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS).
Ele garante um valor mínimo de R$ 600 por família, com adicionais como R$ 150 por criança de 0 a 6 anos e R$ 50 para gestantes e jovens de 7 a 18 anos. Além de combater a pobreza, o programa promove acesso à saúde, educação e assistência social, transformando vidas.
Todavia, em julho de 2025, aproximadamente 1 milhão de domicílios foram desligados do Bolsa Família após apresentarem aumento na renda familiar. Desse total, 536 mil famílias encerraram o prazo máximo de 24 meses previsto na Regra de Proteção.
Regra de Proteção: O que mudou na transição de renda?
A Regra de Proteção foi ajustada para famílias que superam a renda per capita de R$ 218, mas ficam abaixo de R$ 706. Desde 1° de julho de 2025, essas famílias podem permanecer no programa por até 12 meses, recebendo 50% do benefício, em vez dos 24 meses anteriores.
Para famílias com renda estável, como aposentadorias, o prazo é de apenas 2 meses, exceto para quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) por deficiência, que mantém os 12 meses. O Retorno Garantido permite volta ao programa em até 36 meses, caso a renda caia novamente.
Devido a essa regras, além das 536 mil famílias, outras 385 mil ultrapassaram R$ 759 per capita e também deixaram o programa em julho. Esse valor é acima do limite previsto para permanência.
Esse grupo teve ganhos mais expressivos, ficando fora dos critérios de renda do programa, o que evidencia um avanço na autonomia econômica dessas famílias.
Leia também:
- Música no ambiente comercial pode gerar multa: advogada alerta para obrigações legais com o ECAD
- O Fracasso Mora ao Lado: 7 Produtos que Deram Muito Errado e a Importância Crucial da Criação de um Bom Produto
- Você pode escolher quando sair de férias? Veja as regras e seus direitos
- Mais folga e resultado: Estudo prova sucesso da semana de trabalho de 4 dias
- Compras com Pix podem ser parceladas a partir de setembro
O que acontece se as regras não forem cumpridas?
Conforme falado acima, o descumprimento pode levar à suspensão ou bloqueio do benefício, mas as famílias têm direito a se explicar antes. Notificadas pelo município, elas podem apresentar justificativas via CRAS. Se aceitas, o benefício é restabelecido, com pagamento de valores atrasados.
Caso contrário, a suspensão pode durar até 6 meses, com acompanhamento social para regularizar a situação. O sigilo das informações é garantido, e os municípios devem registrar todas as consultas e visitas no sistema do programa.
Participe do Portal Nacional da Reforma Tributária: Acesse em https://forum.fiscaltalks.com
Atualização do Cadastro Único e o impacto no Bolsa Família
Com a modernização do Cadastro Único em março de 2025, o cruzamento de dados com sistemas como o CNIS passou a ser automático. Isso trouxe mais precisão nas informações sobre renda.
Graças a essa integração, cerca de 8,6 milhões de famílias já saíram do Bolsa Família desde o início do processo de qualificação, otimizando a gestão do programa e evitando fraudes.
Curso Viver de Contabilidade:
Transforme seu conhecimento em resultado! Todos os procedimentos contábeis na prática que o mercado exige. Comece agora aqui!
O post Bolsa Família: regra de proteção corta milhões de brasileiros apareceu primeiro em Jornal Contábil – Independência e compromisso.
Contabilidade em SBC é com a Dinelly. Fonte da matéria: Jornal Contábil