Em reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que ocorrerá em breve, mais exatamente nos dias 7 e 8 de dezembro, a taxa básica de juros (Selic) deve ser aumentada em 1,5 pontos percentuais, atingindo 9,25%. O intuito da medida é conter os crescentes avanços da inflação.
Em razão disso, a poupança também irá passar por mudanças. Isto porque, quando a Selic ultrapassa a marca de 8,5%, o rendimento volta a ser calculado conforme os moldes da antiga poupança.
Esta regra entrou em vigor em 2012, e estipulou que com uma Selic de até 8,5% ao ano, o rendimento será equivalente a um percentual de 70% da taxa básica de juros + a taxa referencial (TR) que já está zerada a anos. No entanto, uma vez que com a Selic acima deste patamar (de 8,5%), o rendimento será de 0,5%, ao mês, ou 6,17% ao ano.
Cálculo de rendimento da poupança
De antemão, é preciso destacar que atualmente a taxa Selic encontra-se em 7,75%, de modo que o rendimento das aplicações em caderneta de poupança equivale a 5,42%, ao ano. No entanto, mediante a elevação taxa básica de juros para acima de 8,5%, o que deve acontecer na próxima reunião do Copom, o rendimento volta ser o mesmo da chamada “poupança velha” previamente citada (0,5% ao mês + a taxa referencial), o que corresponde a 6,17% ao ano.
Para um melhor entendimento, confira a tabela abaixa correspondente ao cálculo da poupança, bem como o rendimento ao ano alcançado após as alterações:
Cabe abrir um pequeno parênteses para esclarecer que depósitos realizados até 2012, ou seja, antes da regra dos 8,5% passar a valer, os rendimentos serão calculados conforme o segundo exemplo corresponde aos moldes da “poupança velha”.
Aumento no rendimento
Com a elevação da taxa Selic de 7,75% para 9,25%, por conseguinte, alterando o cálculo de rendimento da poupança, naturalmente o valor investido na caderneta irá render mais. O “grande porém” é que apesar do aumento, o retorno ainda perde para inflação acumulada em 2021.
Neste sentido, conforme a última análise do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) a taxa inflacionária já atingiu o patamar dos 10,18% e permanece em crescente. Desta maneira, ao menos, em curto prazo, o rendimento da caderneta irá ficar abaixo da inflação.
Sobre esta questão, a planejadora financeira Myrian Lund explica: “Estamos passando por um período em que a taxa de juros vai subir bastante para poder conter a inflação. A Selic, segundo o próprio governo vem dizendo, deve ficar 3 a 4 pontos percentuais acima da inflação no ano. Para a taxa de juros ficar abaixo da inflação, a gente precisa ter ajuste fiscal e condições mais estáveis da economia”, diz.
Conforme a avaliação de Gisele Colombo, membro do conselho de administração da Planejar. “Um retorno de 0,5% ao mês passa a ser uma rentabilidade competitiva, mas isso quando estamos em período de baixa inflação”, explica Colombo.
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Fonte: Jornal Contábil
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