Câncer no esôfago: Saiba quais são os sintomas da doença

Segundo os especialistas, o câncer no esôfago não demonstra nenhum sintoma na sua fase inicial e muitas vezes quando o paciente descobre, a doença já está numa fase complicada.

O câncer no esôfago é a sexta causa mais comum de morte em todo o mundo, isso porque as pessoas não conseguem perceber a doença.

De acordo com Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil, o câncer de esôfago (tubo que liga a garganta ao estômago) é o sexto mais frequente entre os homens e o 15º entre as mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma. É o oitavo mais frequente no mundo e a incidência em homens é cerca de duas vezes maior do que em mulheres.

O tipo de câncer de esôfago mais frequente é o carcinoma epidermoide escamoso, responsável por 96% dos casos. Outro tipo, o adenocarcinoma, vem aumentando significativamente.

O que aumenta o risco?

O consumo frequente de bebidas muito quentes como chimarrão, em temperatura de 65ºC ou mais, pode levar ao câncer de esôfago.

O consumo de bebidas alcoólicas pode causar câncer de esôfago, não havendo níveis seguros de ingestão. É importante destacar que, não só o consumo regular, como também o consumo excessivo e esporádico de qualquer tipo de bebida alcoólica.

O excesso de gordura corporal favorece o desenvolvimento de câncer de esôfago. A obesidade também facilita o desenvolvimento da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), importante fator de risco para o desenvolvimento da doença.

O tabagismo isoladamente é responsável por 25% dos casos de câncer de esôfago. O risco aumenta rapidamente com a quantidade de cigarros consumida. Mesmo as pessoas que já fumaram, mas interromperam, possuem risco aumentado de desenvolver este câncer quando comparadas aos que nunca fumaram.

Estão associadas à maior incidência desse tumor na história pessoal de câncer de cabeça, pescoço ou pulmão.

Infecção pelo Papilomavírus humano  (HPV).

Tilose (espessamento da pele nas palmas das mãos e na planta dos pés), acalasia (falta de relaxamento do esfíncter entre o esôfago e o estômago), esôfago de Barrett (crescimento anormal de células do tipo colunar para dentro do esôfago), lesões cáusticas (queimaduras) no esôfago e Síndrome de Plummer-Vinson (deficiência de ferro).

Exposição a poeiras da construção civil, de carvão e de metal, vapores de combustíveis fósseis, óleo mineral, herbicidas, ácido sulfúrico e negro de fumo está associada ao desenvolvimento de câncer de esôfago.

Os trabalhadores da construção civil, metalurgia, indústria de couro, eletrônica, mineração e agricultura, engenheiros eletricistas, mecânicos, extratores de petróleo, motoristas de veículos a motor, trabalhadores de lavanderias/lavagem a seco e serviços gerais podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento da doença.

Sintomas do câncer no esôfago

Problemas para engolir (disfalgia)

Náuseas

Azia ou refluxo

Sintomas de indigestão (como arrotar muito).

Tosse que não melhora nunca

Voz rouca

Perda do apetite ou perda de peso sem estar fazendo regime

Cansaço ou falta de energia

Dor na garganta ou no meio do peito (quando engole o alimento).

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito por meio da endoscopia digestiva, um exame que investiga o interior do tubo digestivo e que permite a realização de biópsias para confirmação do diagnóstico. Quando o tumor é detectado precocemente, as chances de cura aumentam muito.

Tratamento

Geralmente, o tratamento pode ser feito com cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de forma isolada ou combinada, de acordo com o estágio da doença e das condições clínicas do paciente. Casos selecionados de tumores iniciais podem ser tratados por ressecção local durante a endoscopia, sem a necessidade de procedimento cirúrgico formal.

Nos casos onde o objetivo é a cura, os pacientes são inicialmente submetidos a um tratamento combinado com quimioterapia e radioterapia, e posteriormente é feita a cirurgia. Para os tumores muito avançados ou no caso de pacientes muito debilitados, o tratamento tem caráter paliativo (sem finalidade curativa) e é feito por radioterapia combinada ou não à quimioterapia.

Original de Clique Vida

Fonte: Jornal Contábil
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