Com apoio do Capital Empreendedor, dez startups do Rio Grande do Sul vão receber mentorias gratuitas para buscar investimentos no mercado de capital de risco. A iniciativa integra a segunda fase do programa do Sebrae voltado para preparar empresas inovadoras interessadas em escalar seus modelos de negócios. Até outubro, cada uma delas vai receber 40 horas de mentorias em temas como máquina de vendas e valuation, entre outros.
Mesmo diante dos problemas causados pelas enchentes no estado, as empresas não desistiram de continuar no programa. Durante a primeira fase, que coincidiu com o período crítico do desastre climático, elas participaram de workshops on-line de estruturação de pitch e de preparação para investimentos com conteúdos teóricos e práticos.
Ao final da primeira etapa, as startups foram avaliadas por uma banca de investidores no “Pitch Day”, quando tiveram que mostrar clareza na apresentação do potencial do negócio, bem como defender a tese de investimentos e explicar o plano de alocação dos recursos.
O Sebrae RS procurou cada uma das 21 startups gaúchas inscritas e todo o Sistema Sebrae se mobilizou para acolher as interessadas em continuar no programa. As empresas receberam suporte de nossas unidades estaduais no Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal.
Maria Auxiliadora Umbelino, coordenadora nacional do Capital Empreendedor.
Novas perspectivas
Uma das empresas classificadas para a etapa de mentorias é a Ecobotica – Natural Beauty que produz cosméticos com nanotecnologia. A CEO da startup Paula Zavarese se emociona ao lembrar das dificuldades durante as enchentes. A fábrica localizada em Caxias não foi atingida, mas a produção foi paralisada porque todos os funcionários foram impactados. Moradora de Porto Alegre, ela conta que ficou sem água, luz, internet, o que impediu a emissão de notas fiscais, por mais de 20 dias, e a entrega de um pedido nos Correios, por mais de um mês.
“Eu fiz algumas aulas do Capital Empreendedor sentada no chão do supermercado, carregando meu celular. Era o único lugar que tinha energia”, lembra. Ela destaca que o Capital Empreendedor trouxe novas perspectivas em um momento muito desafiador. “Primeiramente, tive contato com mentoras mulheres que tiveram sensibilidade diante daquela situação. Depois, recebi orientações que nunca tive em outras acelerações das quais participei. Pessoas com tanto conhecimento em investimentos e que me prepararam para um pitch ideal para meu modelo de negócio. Mostraram outros caminhos, foram além do óbvio. Hoje, sinto-me preparada para bater na porta de investidores”, reflete.
Paula conta que, após muitas perdas financeiras, a startup voltou a operação em junho. “Em maio, eu pensei que o negócio acabaria, mas estamos voltando e nos reestruturando mais rápido do que esperávamos”, avalia.
Oportunidade de crescimento e networking
Atuando no mercado há três anos, a startup Societário Digital (SD) também foi selecionada para a segunda fase do Capital Empreendedor. Por oferecer uma solução digital por meio de uma plataforma para gestão de livros societários digitais, a empresa não foi afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul. “Felizmente, minha cidade não teve problemas de infraestrutura e consegui manter minha participação ativa no programa que foi 100% on-line”, comenta a CEO da empresa Caroline Vasconcelos.
Ela se inscreveu no programa após pesquisar sobre a metodologia e ouvir feedbacks de quem já participou. “Algumas mulheres do instituto Ladies In Tech, do qual faço parte aqui no RS, falaram que já haviam feito e recomendaram fortemente. Essa combinação de informações e recomendações me motivou a participar, buscando aproveitar ao máximo as oportunidades de crescimento e networking que o Capital Empreendedor oferece”, destaca.
A CEO da SD afirma que o programa tem agregado enormemente ao negócio ao proporcionar excelentes aulas, mentorias, conexões e insights valiosos sobre estratégias de crescimento e escalabilidade. “Esse suporte tem sido fundamental para enfrentarmos os desafios de maneira mais assertiva. Entender as expectativas dos investidores, preparar um pitch sólido e saber negociar são aspectos que foram amplamente trabalhados e que me deixaram mais confiante e preparada para buscar recursos externos”, frisa.
Fonte: SEBRAE
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