Foto: Marcos Santos / USP

Além do “estupro culposo”, é preciso entender o que levam as pessoas a cometerem atos como esse. Neurocientista aponta que falta ética, moral, e outras características que precisam ser debatidas pela sociedade.

Caso Mariana Ferrer: Psicanalista e filósofo diz que atitude é um reflexo da falta de ética e da moral em nossa sociedade
Neurocientista, filósofo e psicanalista Fabiano de Abreu

A revolta com o caso Mariana Ferrer tomou conta do país nos últimos dias. Celebridades e anônimos invadiram as redes sociais com diversos protestos contra a decisão do caso. O termo “estupro culposo”, criado pelo jornal que divulgou o vídeo mais recente do caso, tomou conta das rodas de conversa, dos debates, e das publicações nas internet.

No entanto, esta questão vai além do que simplesmente usar o termo que todo mundo adotou. Conforme explica o neurocientista, filósofo e psicanalista Fabiano de Abreu, o caro Mariana Ferrer é reflexo das seguintes palavras-chave: Inteligência emocional, caráter, ética e moral. Ao citar a expressão de Kant, “A dignidade moral tem como primeira característica o desinteresse”, Fabiano mostra que estes sentimentos estão em falta na sociedade atual.

Segundo o neurocientista, “quando você vê uma pessoa que está fora do seu estado normal, vulnerável, você tem que ter por dentro sua moral, que é o desinteresse por aquela pessoa e o interesse ético em ajudá-la e não violá-la. Deve evitar qualquer atitude que vá comprometer de forma negativa aquela pessoa ou trazer consequências para si próprio”. No entanto, vale observar que “uma pessoa que comete um ato deste tem falta de muitas coisas dentro de si. É algo muito além do que valores tão falados como a ética e a moral. Falta também caráter, que faz parte da ética, e isso demonstra a índole da pessoa, já que aproveitar a vulnerabilidade de uma pessoa também significa aproveitar-se de outras pessoas ou de outras situações que prejudicam o outro para benefício próprio”.

Fabiano de Abreu explica ainda que aproveitar-se de outra pessoa é um sinal claro de falta de autossuficiência: “É aproveitar-se de uma pessoa por não conquistá-la em uma situação normal”.  E ele complementa: “É muito melhor conquistar uma pessoa quando o outro se sente conquistado, com reciprocidade, assim, o prazer se torna mútuo”.  

Mas, diante da situação do estupro, emergem outras características negativas, que ele reforça que elas acontecem em outras situações de vulnerabilidade: “Quantas pessoas que depois de beberem cometeram atitudes que depois se arrependeram ou atitudes que não cometeriam em plena consciência?”, reflete.

Sobre a decisão judicial do caso, Fabiano de Abreu torce para que ela seja alterada: “A gente já está com tantos problemas em relação a credibilidade na justiça do país, e mais essa agora?”, indaga.

Biografia / Formações 

Neurofilósofo Fabiano de Abreu –  Doutor em neurociências, psicólogo, neuropsicólogo, neuropsicanalista, neuroplasticista, psicanalista, psicopedagogo, jornalista, filósofo, nutricionista clínico, empresário e membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra. Especialista em estudos da mente humana e pesquisador no CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito. 

Registro e currículo como pesquisador: http://lattes.cnpq.br/1428461891222558

Registro SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814

Registro SBNeC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488

Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT30079

https://www.doctoralia.com.br/fabiano-de-abreu/psicanalista/rio-de-janeiro

Melhores cumprimentos                             Fabiano de Abreu  – 


Fabiano de Abreu
 – deabreu.fabiano@gmail.com

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Fonte: Jornal Contábil
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