Segundo os dados do Censo Demográfico 2022, conduzido mais de uma década após a última pesquisa, a população brasileira é estimada em 203.062.512 habitantes. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os primeiros resultados dessa pesquisa na quarta-feira (28).
As projeções anteriores feitas pelo órgão foram superiores ao número atual. Em 2021, previa-se que o país teria no mínimo 213 milhões de habitantes.Em dezembro de 2022, com base nos dados preliminares da pesquisa, o IBGE revisou a estimativa para 207,7 milhões, representando um acréscimo de 4,7 milhões de pessoas em relação ao cálculo final.
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Habitantes por Regiões
A Região Sudeste continua sendo a mais populosa, com 84,8 milhões de habitantes, representando 41,8% da população total do país. Em seguida, temos o Nordeste (26,9%), Sul (14,7%) e Norte (8,5%). A região menos populosa é o Centro-Oeste, com 16,3 milhões de habitantes, correspondendo a 8,02% da população nacional.
Ao analisar a comparação entre os censos demográficos de 2010 e 2022, observa-se que o crescimento populacional anual não ocorreu de forma uniforme entre as grandes regiões. Embora seja menos populosa, o Centro-Oeste registrou o maior crescimento, com uma taxa média de 1,2% ao ano nos últimos 12 anos.
“Na análise da taxa de crescimento anual por região, notamos que o Norte, que apresentava o maior crescimento nos censos de 1991 a 2000 e de 2000 a 2010, perdeu o posto para o Centro-Oeste, que registrou um crescimento de 23% ao longo desta década, nos últimos 12 anos”, afirmou Luciano Tavares Duarte, gerente técnico do Censo 2022, durante a apresentação dos resultados.
O Nordeste e o Sudeste apresentaram os menores crescimentos populacionais, com taxas abaixo da média nacional de 0,52% ao ano.
O IBGE destacou que essa tendência de redução no crescimento da população total continua, e as taxas calculadas para as cinco grandes regiões são mais baixas em comparação aos dois períodos intercensitários anteriores.
Estados
Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro são os três estados mais populosos do país, que representam juntos 39,9% da população. O estado de São Paulo, por si só, possui 44.420.459 pessoas recenseadas, o que corresponde a 21% da população total, como destacado pelo gerente do Censo.
Em seguida, estão a Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul. Por outro lado, os estados localizados na fronteira norte do Brasil, como Roraima, continuam sendo os menos populosos, com Roraima mantendo-se como o estado menos populoso, com 636.303 habitantes, seguido do Amapá e do Acre. O Censo 2022 revela que 14 estados e o Distrito Federal apresentaram taxas médias de crescimento anual acima da média nacional (0,52%) no período de 2010 a 2022.
Apesar de ser o menos populoso, o estado de Roraima registrou o maior crescimento populacional, com uma taxa média de crescimento anual de 2,92% no período, sendo o único estado a superar a marca de 2% ao ano.
Censo
O censo é um levantamento estatístico realizado periodicamente em um país, com o objetivo de obter informações detalhadas sobre a população e suas características demográficas, socioeconômicas e educacionais. A importância do censo é ampla e abrange diversas áreas, tais como:
- Contagem populacional: O censo permite realizar a contagem precisa da população em um determinado momento, fornecendo dados atualizados sobre o tamanho da população.
- Distribuição geográfica: O censo fornece informações sobre a distribuição da população em diferentes regiões geográficas, como estados, cidades, distritos e bairros, o que auxilia no planejamento urbano, na alocação de recursos e no desenvolvimento regional.
- Características demográficas: O censo coleta informações sobre idade, sexo, composição familiar, natalidade, mortalidade e migração, proporcionando uma compreensão detalhada da estrutura demográfica de um país e permitindo o monitoramento de mudanças ao longo do tempo.
- Dados socioeconômicos: O censo captura informações sobre educação, trabalho, renda, moradia e outras características socioeconômicas da população, possibilitando a análise de indicadores sociais e econômicos, como desigualdades, pobreza, acesso a serviços e condições de vida.
- Planejamento e políticas públicas: Os dados do censo são fundamentais para o planejamento governamental, a alocação de recursos públicos, a formulação de políticas sociais, educacionais, de saúde, segurança e transporte, bem como para a definição de estratégias de desenvolvimento sustentável.
- Tomada de decisões e pesquisa: O censo fornece informações confiáveis e abrangentes que são utilizadas por governos, pesquisadores, instituições acadêmicas e organizações não governamentais para realizar análises, pesquisas e embasar a tomada de decisões em diversas áreas.
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Em resumo, o censo é uma ferramenta essencial para compreender a população, suas características e necessidades, possibilitando a implementação de políticas e ações direcionadas para o desenvolvimento social, econômico e sustentável de um país.
Por: Gabriel Dau
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Fonte: Jornal Contábil
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