Por Rhafael Padilha
Comunicação CFC

Com um olhar voltado para o futuro e a sustentabilidade, o Brasil se posiciona no centro do debate global ao se preparar para sediar a COP 30. Antecipando esse marco histórico para o planeta e para a nação, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e o Ibracon – Instituto de Auditoria Independente do Brasil promoveram, nesta terça-feira (14), um evento de relevância crucial: “Rumo à COP 30 – Contabilidade: Transparência para um Futuro Sustentável”. Um dos temas apresentados durante o encontro (Painel 3) trouxe luz sobre pilares inegociáveis para que empresas assumam e comprovem seus compromissos climáticos, com o título: “O setor empresarial rumo à COP 30: compromissos e desafios”.

O debate, que começou às 14h30 no auditório do CFC, foi ministrado pelo coordenador de operações do Comitê Brasileiro de Pronunciamentos de Sustentabilidade (CBPS), Zulmir Ivanio Breda. Os painelistas foram o superintende de meio ambiente e sustentabilidade da Confederação Nacional da Industria (CNI), Davi Bontempo; o diretor de controladoria da Renner S.A., Luciano Agliardi; a analista nacional de competitividade industrial do Sebrae Nacional, Juliana Ferreira Borges; e por fim, o integrante do conselho de administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Antônio Bizzo.

Para o coordenador do CBPS, Zumir Iavnio, todos os presentes na mesa não mediram esforços para apresentarem um bom trabalho na COP 30. “Tudo que nós queremos é atrair mais investimentos relevantes para nosso país. Ano passado foram 34 bilhões de dólares de investimentos verdes, e estamos muito longe de tingir um patamar razoável. E atrai-los cada vez mais é o que estamos tratando nesse encontro. Nosso objetivo é trazer um pouco da visão do setor empresarial a todos os participantes”, disse Zumir.

Em sua fala, o superintendente da CNI, Davi Bontempo, apresentou um documento completo com a estratégia empresarial da confederação rumo à COP 30 e os marcos da evolução da CNI nas COPs já realizadas. “A CNI enxerga a COP 30 não com um evento, mas sim, como um processo que dura o ano inteiro. É uma oportunidade de desenvolvimento de várias agendas que vão se refletir em termos de competitividade para o Brasil e outras várias vantagens comparativas. A grande questão é: como vamos transformá-las m competitividade? Hoje temos energia, temos água, biodiversidade, biocombustíveis e uma indústria que consome energia, mas emite pouco. Então tudo isso vem fazendo muita diferença no processo de tomada de decisão do próprio consumidor”, resumiu Bontempo.

Já o diretor da Renner S.A., Luciano Agliardi, explanou os principais valores da empresa, que tem a sustentabilidade com uma das mais formais e consistentes desde 2008. “Naquele ano criamos o comitê de sustentabilidade e de lá para cá nos estruturamos para cumprir todas as normas vigentes. Em 2016 a estratégia da Renner foi criar três pilares: moda sustentável, a experiência com nossos clientes e nossa referência em moda por todo Brasil. Hoje trabalhamos com inclusão, diversidade e governança corporativa. Isso tudo mostra nossa capacidade em contribuir com a COP 30”, afirmou Agliardi

A representante do Sebrae, Juliana Ferreira, trouxe aos participantes a temática do empreendedorismo climático desenvolvida pela organização. “É papel do Sebrae, nessa agenda complexa da sustentabilidade, introduzir os pequenos negócios e facilitar esse trabalho, que por vezes faz um processo de letramento e aproximação dessa temática com os pequenos negócios e, sobretudo, gera instrumentos para que eles alcancem esses novos requisitos. Uma linguagem que funciona muito para o pequeno negócio é quando demonstramos, de forma simplificada, que esse tema se tornou um requisito de mercado e que isso é determinante para que ele permaneça no mercado. Mostramos que não há mais espaço para empreender se o pequeno negócio não estiver vinculado às normas de ESG vigentes”, informou Juliana.

Por fim, o conselheiro do IBGC, Antônio Bizzo, reforçou que governança e sustentabilidade não são responsabilidades de empresas grandes, apenas. “Trata-se de um conjunto de processos, sistemas e cultura que permeia várias outras temáticas até chegar na questão da sustentabilidade. Hoje o IBGC tem em seu banco de dados muitas pesquisas sobre questões relacionadas à sociedade, ao meio ambiente e ao clima, que mostram que esse tema está no cerne do gerenciamento de riscos e oportunidades em nível empresarial”, finalizou Bizzo.

O CFC reforça seu posicionamento e solicita a todo setor empresarial que incorpore critérios ESG (conjunto de práticas para avaliar o desempenho de uma empresa em três áreas: ambiental, social e governança em suas estratégias), priorizando práticas que promovam não apenas o retorno econômico, mas o impacto positivo na sociedade e no meio ambiente. Este encontro não se trata apenas uma conferência; é a afirmação de que a contabilidade é a bússola que guiará o setor privado e a economia global rumo à sustentabilidade. Para levar esta discussão estratégica a todo o Brasil, o evento foi transmitido ao vivo pelo canal do CFC no YouTube.

Fonte: Conselho Federal de Contabilidade
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