Por Rhafael Padilha
Comunicação CFC
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) prestigiou, nesta quarta-feira (5), a cerimônia de entrega do Grande-Colar do Mérito, no Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília. O presidente e o vice-presidente do CFC, Aécio Dantas e Joaquim Bezerra, estiveram presentes no evento e parabenizaram o contador e professor, Antoninho Marmo Trevisan, pela condecoração. Trevisan é integrante do Conselho Consultivo do CFC e representante dessa autarquia no Congresso Nacional sobre a Reforma Tributária.

O Grande-Colar do Mérito foi instituído pelo TCU em 2003 e se destina a contemplar personalidades ou instituições, nacionais ou estrangeiras, que tenham se tornado merecedoras de distinção especial, por méritos excepcionais e contribuição relevante para o país. O ministro do TCU, Antonio Anastasia, foi designado como orador da cerimônia de outorga em nome de todo o Tribunal. Já o ministro emérito da Corte de Contas, Raimundo Carreiro, foi orador em nome dos agraciados. Em sua leitura sobre Antoninho Trevisan, Carneiro relembrou sua infância, vida acadêmica e boa parte do período que o fez se tornar um ícone da contabilidade brasileira.
“Após se formar em contabilidade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Trevisan recebeu um chamado para lhe permitir ser tudo o que desejasse: contador, auditor, professor, escritor, debatedor de políticas públicas e protagonista de grandes discussões nacionais. Toda essa capacidade técnica não o impediu a enxergar os números por poesia, sua grande paixão. Sempre viu a contabilidade como arte a matemática que conversa com a beleza, uma linguagem que organiza o mundo com simplicidade e sensibilidade”, discursou.
Ao final da leitura, Raimundo Carneiro, agradeceu a Trevisan por toda sua representatividade brasileira. “Antoninho Trevisan fez da contabilidade um instrumento de aprimoramento humano, cultural e democrático. Obrigado por sua inteligência aplicada ao bem da coletividade e por sua liderança incansável, o seu amor genuíno à profissão, o seu permanente compromisso com o fortalecimento das instituições e da cidadania. Expressamos a ele nossa gratidão e reconhecimento”, encerrou.

Nesta edição, outros agraciados foram o ministro emérito do TCU, Raimundo Carreiro, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, o presidente da Organização Latino-Americana e do Caribe de Instituições Superiores de Controle (OLACEFS) e controlador-geral do Paraguai, Camilo Benítez, a pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Mariângela Hungria, o presidente da Corte de Contas da França, Pierre Moscovici, o ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Robson Braga, além do Sistema Globo de Televisão.
Leia na íntegra o texto em homenagem a Antoninho Trevisan:
“Senhoras e senhores, bom dia. Tenho imensa alegria em apresentar aos que estão aqui presentes, um ícone da contabilidade brasileira O agraciado teve o seu primeiro encontro com a contabilidade, aos 13 anos de idade, quando era office-boy e observava seu chefe, contador, rodeado de pessoas, criando decisões, apontando caminhos, despertando admiração. Ali surgiu o encantamento. ‘Quero ser contador’. Era o início de um destino de uma grande saga. Fez o curso técnico de contabilidade no Colégio Campos Sales e depois graduou-se em ciências contábeis pela PUC de São Paulo. Sua formação profissional era um chamado.
A contabilidade lhe permitiria ser tudo o que desejasse. Contador, auditor, professor da Fundação de Economia Empresarial, escritor, debatedor de políticas públicas, participante de congressos e protagonista de grandes discussões nacionais. Aos 20 anos, começou sua carreira como auditor, caso ao acaso, ao preencher uma ficha enquanto acompanhava um amigo, uma eventualidade que contribuiu para a história de nosso país. Daquele momento curioso, surgiu o sócio diretor da PriceWaterhouse Brasil e o fundador da TV de Torres e da TV Escola de Negócios, instituições que profissionalizaram ambientes, qualificaram gestores e formaram gerações de talentos.
Toda essa capacidade técnica não impediu Antoninho Trevisan a enxergar os números por poesia, sua paixão. Sempre viu a contabilidade como arte, a matemática que conversa com a beleza, uma linguagem que organiza o mundo com simplicidade e sensibilidade. E como Fernando Pessoa, encontrou na contabilidade, também, o dom de sonhar.
Essa visão levou ao entendimento essencial, uma ideia que aqui, no plenário do Tribunal de Contas da União, encontra eco para ressoar. ‘Sem contabilidade, não há democracia.’ Diz ele que a contabilidade é a ciência da verdade e da transparência. ‘Quando mais democrático é uma nação, mais a contabilidade floresce, quanto mais fechado, menos registros contábeis o país terá’. E segue. ‘Por que isso acontece? Porque é por meio da contabilidade que os cidadãos podem entender os orçamentos e as contas públicas e com esse entendimento voltar com mais consciência.‘
Foi com essa convicção que Antoninho Trevisan consolidou sua atuação no serviço público e na vida nacional. Titular da Secretaria de Controle das Empresas Estaduais do Ministério de Planejamento. Presidente do Conselho do Prémio Nacional da Gestão Pública. Representante do Brasil em fóruns econômicos internacionais. Colaborador da Assembleia Constituinte em temas estruturantes como controle social das estatais. Liderança reconhecida em discussões sobre privatizações e reforma tributária. Fundou e presidiu o Comitê Gestor da ONU, Ação Com Miséria. Reafirmando que prosperidade só existe quando alcança todos.
Tornou-se membro da Academia Brasileira de Ciências Contábeis, da Academia Paulista de Contabilidade, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidente da República, do Movimento do Brasil Competitivo, do Conselho do CIEE e de tantas outras instituições que reconheceram sua capacidade de construir pontes entre setores, ideias e pessoas. Antoninho Trevisan fez da contabilidade um instrumento de aprimoramento humano, cultural e democrático.
E sempre se orgulhou disso, porque ele dizer: ‘sou contador’, é para homenagear uma declaração de identidade, de pertencimento e de compromisso com o país. Por sua inteligência aplicada ao bem da coletividade, por sua liderança incansável, o seu amor genuíno à profissão, o seu permanente compromisso com o fortalecimento das instituições e da cidadania, expressamos a ele nossa gratidão e reconhecimento.”
Fonte: Conselho Federal de Contabilidade
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