O Alzheimer é uma doença difícil de identificar na sua fase inicial, através dos procedimentos que hoje são usados pela medicina. Porém, um grupo de cientistas do Reino Unido desenvolveu um exame que consegue diagnosticar, com 98% de acerto, casos de doença de Alzheimer, até mesmo aqueles em estágio inicial, que normalmente são mais difíceis de identificar com os procedimentos atualmente usados.
De acordo com os autores do trabalho, será possível ser adaptado aos hospitais, pois o exame utiliza um equipamento de ressonância magnética que geralmente já está disponível.
Foi desenvolvido pelos pesquisadores um sistema de aprendizado de máquina (inteligência artificial) para usar os dados obtidos na ressonância magnética tradicional e diagnosticar a doença. A precisão em diferenciar estágios iniciais e avançados foi considerada alta — 79% dos pacientes.
O algoritmo tem como base uma divisão do cérebro em 115 regiões. Foram alocadas 660 características, como tamanho, forma e textura, para diferenciar os padrões de cada área. O sistema foi, então, treinado para identificar onde as mudanças apareciam e quais delas estavam mais comumente associadas ao Alzheimer.
Alzheimer não tem cura
Infelizmente não existe uma cura para o Alzheimer. No entanto, o diagnóstico precoce faz uma grande diferença ao permitir que o paciente tenha acesso a tratamentos que ajudam a retardar o avanço dos sintomas.
Atualmente para identificar a doença, é necessário realizar no consultório médico, testes e alguns exames de imagem (mas isso só acontece quando o paciente já tem algum nível de comprometimento cognitivo).
Sintomas
Além da perda de memória, os sintomas de Alzheimer incluem:
Problemas para completar tarefas que antes eram fáceis.
Dificuldades para a resolução de problemas.
Mudanças no humor ou personalidade; afastamento de amigos e familiares.
Problemas com a comunicação, tanto escrita como falada.
Confusão sobre locais, pessoas e eventos.
Alterações visuais, como problemas para entender imagens.
O avanço da idade é o maior fator de risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
A maioria das pessoas diagnosticadas com Alzheimer tem 65 anos de idade ou mais. Segundo os especialistas, o Alzheimer prematuro pode afetar pessoas com idade inferior a 65 anos, embora não seja tão comum. Estima-se que até 5% das pessoas portadoras de Alzheimer tiveram a doença prematuramente. O Alzheimer prematuro é normalmente diagnosticado de forma errada.
É hereditária?
De acordo com os cientistas, se na família de um cidadão houver casos da doença (pais ou irmãos desenvolverem Alzheimer), existe uma grande chance dele também desenvolver a doença.
A ciência ainda não compreende completamente o que causa o Alzheimer nas famílias, mas fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida podem influenciar.
Original de Clique Vida
Fonte: Jornal Contábil
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