A previdência privada é uma alternativa para quem deseja se aposentar com tranquilidade financeira. Ela garante uma renda complementar à aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No entanto, por ser uma estratégia de investimento no longo prazo, muitos brasileiros ainda não se atentaram para a sua importância.
Apenas 3% dos aposentados brasileiros possuem uma previdência complementar, segundo a pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Além de pouco utilizada pelos aposentados, a previdência privada é desconhecida por muitos brasileiros, conforme apontoa o estudo. Quando perguntados sobre quais produtos financeiros conheciam, 11% dos entrevistados lembraram espontaneamente da Caderneta de Poupança.
Outros 10% responderam ações da Bolsa de Valores. Os fundos de investimentos, os títulos públicos e os títulos privados empataram com 6%. As criptomoedas foram citadas por 5% dos entrevistados, enquanto a compra e a venda de imóveis foram mencionadas por 3%. O plano de previdência privada ficou em último lugar, sendo lembrado por apenas 2%.
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Como funciona a previdência privada
A Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) destaca que a previdência privada é a alternativa para garantir a sustentabilidade financeira. Na prática, é uma forma de poupar o dinheiro que será utilizado futuramente, fazendo com que ele renda enquanto está reservado.
Bancos e seguradoras são as instituições mais tradicionais que costumam oferecer planos de previdência privada. Nesse tipo de investimento, o aporte mensal é calculado de acordo com o prazo de resgate. Os recursos são direcionados para um fundo de investimento que reúne aplicações de renda fixa e renda variável.
Os planos de previdência podem ser abertos ou fechados. No primeiro caso, eles estão disponíveis para a contratação de qualquer pessoa. Já o segundo é destinado a um grupo específico, como funcionários de uma empresa ou servidores de uma instituição pública.
Os planos abertos dividem-se, ainda, em duas categorias: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). A principal diferença entre eles está relacionada à tributação.
Os pagamentos feitos pelo PGBL podem ser deduzidos do Imposto de Renda, que incide sobre o montante total. No caso do VGBL, não há dedução dos valores pagos, mas o tributo é recolhido apenas no momento do resgate e sobre a rentabilidade.
Previdência no exterior
No exterior, há fundos de previdência privada que usam criptomoedas em sua composição. Nos Estados Unidos, o Bitcoin (BTC) foi incluído nos planos de previdência privada oferecidos pela maior administradora do serviço no país, a Fidelity Investments.
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Em junho do ano passado, a XP Investimentos e a Hashdex lançaram um fundo de previdência com a seguinte composição: 60% de títulos de renda fixa no Brasil e 40% atrelados ao índice Nasdaq Crypto Index (NCI), de criptomoedas. Segundo as idealizadoras, é um produto de previdência internacional, restrito aos investidores qualificados.
Orientações para ter uma previdência privada
Investir em previdência privada é planejar um futuro financeiro seguro e tranquilo. De acordo com a Abefin e a Anbima, o planejamento deve começar quanto antes. Para isso, algumas orientações são necessárias.
1. Informe-se sobre o produto
A pesquisa da Anbima revelou que muitos brasileiros desconhecem o investimento da previdência privada. A Associação considera que, antes de realizar qualquer investimento, é necessário compreender as características do produto financeiro. Por isso, buscar a informação é o primeiro passo.
2. Calcule os aportes conforme o orçamento
Na hora de fazer a simulação junto ao banco ou à seguradora, é necessário que os cálculos estejam dentro da realidade financeira de quem investe. O valor dos aportes mensais não deve estrangular o orçamento familiar.
3. Entenda as diferenças entre os planos
Há diferentes alternativas de planos de previdência privada. É preciso conhecê-las e tirar todas as dúvidas antes de escolher uma opção. Outra dica é pesquisar diferentes instituições financeiras para analisar as condições oferecidas em cada uma delas.
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4. Considere taxas e tributação
Além da diferença de tributação entre o PGBL e o VGBL, os planos de previdência aberta possuem taxas. A Abefin alerta para a atenção às cobranças pela administração, a saída e a performance.
5. Faça outros investimentos
A previdência privada é um investimento para o longo prazo, que deve ser iniciado cedo, para que o valor dos aportes mensais não pese no bolso. Mas, também, é importante ter uma carteira de investimentos diversificada, que inclua outros produtos financeiros, de modalidades variadas e com diferentes prazos de resgate.
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Fonte: Jornal Contábil
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