Quase unanimidade no território nacional, as cervejas estão ganhando cada vez mais espaço na economia brasileira. Isto porque o Brasil já ocupa o terceiro lugar no mundo em consumo da bebida. Somente no último ano, foram criadas 118 novas cervejarias – o que representa um crescimento de 6,8% em comparação a 2022 – e atingiu o número de 1.847 estabelecimentos em todo o território nacional. Os dados são do Anuário da Cerveja, produzido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). No total, o país possui mais de 45,6 mil rótulos que agradam a todos os gostos e paladares.

O levantamento apontou ainda que 771 municípios brasileiros possuem ao menos uma cervejaria (13,8% do total), o que demonstra um grande espaço para crescimento do setor. É o que a sócia do Urban Cervejas Artesanais, criada em setembro de 2022, também vislumbra. A sommelier Marina Lima é a primeira mestre cervejeira do Distrito Federal e trouxe para o seu estabelecimento na capital federal cinco receitas próprias.

Observando o mercado, vimos uma ótima oportunidade de transformar um hobby em um negócio lucrativo que hoje está em franca expansão e já conta com clientes fidelizados.

Marina Lima, primeira mestre cervejeira do Distrito Federal e sócia do Urban Cervejas Artesanais

“O diferencial da nossa cerveja especial é o cuidado nos processos, insumos devidamente escolhidos para proporcionar a melhor experiência aos clientes dentro de um mercado crescente, onde eles começam a escolher o que consumir no que diz respeito a cervejas. Com tantas opções, é sempre muito importante entregar o que o cliente espera receber. Nós, da Urban, estamos sempre em busca da melhor experiência em atendimento, produto, ambiente”, explica a sommelier que ganhou a medalha de ouro com o rótulo Urban New England IPA (Neipa) na etapa Centro-Oeste da 3ª Edição da Copa Cerveja Brasil.

A sócia da cervejaria avalia que o crescimento do setor, particularmente das cervejas especiais, tem acontecido, ainda que a pequenos passos, por se tratar de um produto relativamente novo no Brasil. “Cada vez, mais pessoas têm tido a curiosidade não só de beber cervejas especiais, mas entender mais do processo, da diferença entre uma cerveja especial e as comerciais, por exemplo. O público está mais curioso, o que faz com que aumente o conhecimento sobre esses produtos, tendo poder de escolha mais apurado”, explicou.

Os clientes não compram mais por comprar, não investem seu tempo e dinheiro em coisas que não trazem uma experiência minimamente agradável.

Marina Lima, primeira mestre cervejeira do Distrito Federal e sócia do Urban Cervejas Artesanais

Entre as dicas para quem está desejando entrar no ramo, a empreendedora ressalta a importância de estudar o mercado cervejeiro, buscar especializações e ter o máximo de informação em relação ao empreendimento, principalmente em relação aos custos de abertura, capital de giro, funcionários necessários e ponto físico (próprio ou alugado).

Uma entidade como o Sebrae é fundamental nesses passos. Além disso, é primordial acreditar no que você está fazendo, fazer com carinho, e dar o seu melhor pelo seu produto e pelos seus clientes.

Marina Lima, primeira mestre cervejeira do Distrito Federal e sócia do Urban Cervejas Artesanais

Outras oportunidades

O Sebrae apresenta algumas opções de pequenos negócios que envolvem a cerveja:

  1. Franquia – Ser franqueado de uma marca já estabelecida é uma opção. Além de obter suporte da empresa franqueadora, o empreendedor começa o negócio com um produto que já tem penetração no mercado.
  2. Aumento do consumo – Empresários de bares, restaurantes, pubs e afins podem aumentar o consumo desses produtos com a ampliação da carta de cervejas. Uma das alternativas para identificar os possíveis fornecedores é frequentar as feiras do setor, onde será possível conversar diretamente com produtores e estabelecer as novas parcerias.
  3. Ambiente digital – Uma das opções é criar um modelo de assinatura, no qual o cliente realiza a aquisição de determinado produto ou serviço por um período, com frequência variada: semanal, quinzenal, etc.

Fonte: SEBRAE
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