Tendência que ganhou força com a chegada da pandemia de covid-19, a compra e venda de usados veio para ficar. Levantamento do Sebrae mostra que o mercado continua aquecido: foram 2.308 pequenos negócios abertos somente no primeiro semestre do ano, 74 a mais do que o mesmo período de 2021.

Comércio de artigos usados segue em alta no país

O fator financeiro – tanto para quem adquire um produto com preço mais em conta, quanto para aquele que comercializa o que já não utiliza mais – aliado ao consumo consciente e sustentável e à redução de desperdício vem garantindo a expansão de negócios no setor.

“Essa mudança é puxada também pelas gerações mais novas. Elas buscam produtos que possam ter bom valor de revenda e veem em muitos itens algo que será possuído apenas temporariamente, mas que não deve ser descartado, mas trocado ou vendido”, complementa o gerente de Competitividade do Sebrae, Cesar Rissete.

Segundo o balanço da instituição, pouco mais de 2.050 microempreendedores individuais (MEI) começaram a trabalhar com o comércio varejista de usados nos seis primeiros meses de 2022. Já as microempresas somaram quase 200 novos registros no segmento desde o início do ano. O número é menor nas empresas de pequeno porte, que chegaram a 55 no período.

Comércio de artigos usados segue em alta no país

A venda de artigos usados foi a opção de Tabata Souza de Oliveira que, junto com os seus familiares, resolveu investir em uma loja de roupas para bebês e crianças, além de acessórios como carrinho, cadeira para automóvel, enxoval e brinquedos. Ela abriu, em São Paulo, capital, uma franquia do brechó Arena Baby. De acordo com a empreendedora, a família viu uma oportunidade no mercado, que segue em alta no país. “As vendas estão indo bem, mas as pessoas ainda estão conhecendo nossa empresa. Todo dia tem novidades e a gente posta nos stories do Instagram”, comenta.

Comércio de artigos usados segue em alta no país

Usado sim e na moda também

Com mais empresas surgindo todos os dias, como se preparar para enfrentar a concorrência e se diferenciar dos demais negócios? O gerente do Sebrae lista algumas dicas preciosas para quem está começando no comércio de usados:

  • Como qualquer negócio, planejamento, pesquisa e busca por orientação são o primeiro passo para uma empresa bem gerida. Boa parte dessa pesquisa já pode ser feita diretamente na internet, pois esse mercado vem ganhando espaço principalmente no mundo virtual.
  • Existem várias plataformas de vendas on-line que se tornaram um grande canal para itens usados em geral e existem até mesmo alguns marketplaces especializados em roupas usadas. Aposte!
  • Os marketplaces podem servir também para obter uma visão bastante ampla dos produtos e dos concorrentes e do que os consumidores estão buscando.
  • Não esqueça que os principais criadores de conteúdo e geradores de tendências estão acessíveis a todos pelas redes sociais e muitos também possuem lojas vinculadas aos seus perfis. Acompanhar essas tendências é fundamental para conseguir fazer uma boa seleção de produtos usados, que terão saída e farão girar o estoque.

 

Comércio de artigos usados segue em alta no país

Fonte: SEBRAE
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