Analistas ainda tentam entender como a redução da população chinesa poderá influenciar na economia do país. Pela primeira vez em 62 anos a população da China diminuiu, e o país vai deixar de ser o mais populoso do mundo, sendo superado pela Índia.
A academia de Ciências Sociais de Xangai prevê que em breve a população chinesa vai diminuir cerca de 1% ao ano ou seja 15 milhões de pessoas, o percentual do ano passado foi de 0.06%, os números indicam que houve uma diminuição de 850 mil habitantes desde o final de 2021.
O resultado disso pode ser uma queda na população de 1 bilhão e 400 milhões hoje, para menos de 800 milhões em 2001, mesmo assim o país continua entre os mais populosos e mais poderosos do mundo.
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Futuro da economia chinesa
O ponto central dessa história é a economia, já que essa tendência sugere possíveis limites para uma ascensão econômica da China no século 21.
O PIB chinês cresceu 3% no ano passado abaixo da meta do governo, mas se comparado com outros países é um ótimo resultado. Porém, o país está investindo bastante em tecnologia a medida que sua força de trabalho encolhe e o grupo aposentado cresce.
Na questão populacional o país pode ter um impacto porque o país está envelhecendo e pode ter que enfrentar o desafio de ficar velho antes de ficar rico e talvez essa seja uma das razões principais pelas quais o governo chinês está investido muito na questão tecnológica.
Vale lembrar que a China é a principal parceira econômica da União Europeia e também do Brasil. José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e pesquisador do IBGE explica que ter uma população menor faz com que a China tenha uma melhora nas condições sociais e também ambientais.
Então essa perspectiva de um declínio ou de um de crescimento populacional, abre uma oportunidade muito grande de melhorar as condições sociais da China também as condições ambientais.
Claro que isso dependerá das políticas que serão implantadas nesse período, no entanto, o governo chinês vem anunciando ao longo do tempo um grande investimento em educação e tecnologia e também na mudança da produção de bens e serviços.
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Crise de natalidade
Em 1979, a China introduziu uma controversa política de natalidade para desacelerar o crescimento da sua população. O país proibiu que as famílias tivessem mais de um filho.
As famílias que descumpriram essa regra sofreram consequências como multa ou perda do emprego. E às vezes, abortos e esterilizações forçadas.
Em 2016 a China suspendeu a política de filho único imposta na década de 80 porém a mudança não conseguiu conter o declínio demográfico.
Em 2020, a China registrou o mais baixo número de nascimentos dos últimos 60 anos. Nasceram 12 milhões de bebês, segundo o Censo. E embora esse número possa parecer muito alto se comparado ao do Brasil, que ganhou 2,6 milhões, é o mais baixo na China desde a década de 1960.
Com isso, as autoridades chinesas anunciaram no fim de maio de 2020 uma guinada em sua política de natalidade: a partir de agora, os casais poderão ter até três filhos se quiserem.
O fato é que se antes a China tinha um cenário de crescimento radical da população, agora pode estar diante de um fenômeno oposto, mais acelerado do que se esperava.
Segundo estimativas, mais de um quarto da população chinesa vai ter mais de 65 anos em 2050. E a taxa de fertilidade do país é uma das mais baixas do mundo.
Isso poderia desacelerar a economia do gigante asiático. E indiretamente afetar também o resto do mundo.
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Fonte: Jornal Contábil
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