Quando falamos em pagamentos ao exterior no mercado empresarial, logo imaginamos envio de altos valores para pagamento de importações, equipamentos, produtos, etc.
Operações complexas, chamadas de câmbio pronto ou comercial, que envolvem diversas etapas burocráticas e costumam levar algum tempo para serem concluídas.
Essa pode ser uma realidade de algumas empresas, em especial as que trabalham com comércio exterior.
Mas grande parte das empresas (e provavelmente a sua), de todos os portes, também faz essas operações.
Obviamente falamos de realizar pequenos pagamentos ao exterior.
Operações para pagar um serviço, um sistema, uma tecnologia contratada.
E a quase totalidade das empresas que realizam esses pequenos pagamentos ao exterior os estão fazendo de forma errada, pagando muito mais do que o necessário.
No mundo globalizado que vivemos é muito comum consumirmos, principalmente serviços, de fornecedores localizados no exterior.
Estamos falando, por exemplo, de sistemas de gestão, softwares de controle, servidores de dados, ferramentas de email, etc.
Não apenas serviços atrelados ao dia a dia da empresa, mas também a compra de um curso internacional ou uma reserva de hotel fora do Brasil são serviços utilizados por empresas e que demandam pagamentos internacionais.
As vezes não nos atentamos mas acabamos realizando tais pagamentos em cartões de crédito – muitas vezes no cartão do sócio da empresa.
Quando fazemos isso acabamos pagando altíssimas tarifas e taxas de câmbio bem superiores às possíveis.
Um outro problema a ser citado na utilização de cartões pessoais para tais pagamentos é que as despesas ficarão alocadas como despesas pessoais e até mesmo a Receita Federal pode questionar as transações (por que tal pessoa faz tantos pagamentos via cartão pessoal no exterior?).
Como a maioria das empresas faz pequenos pagamentos ao exterior hoje?
Como dito acima, a maioria das operações de pequenos pagamentos ao exterior são feitas por cartão de crédito internacional.
Cartões esses normalmente de propriedade do sócio da empresa.
Quando falamos de cartões da própria empresa sabemos que as instituições financeiras impõem limites de gastos que, muitas vezes, simplesmente impedem a utilização dos mesmos com frequência.
Então se sua empresa não possui um bom faturamento, provavelmente não tenha um cartão de crédito internacional com bom limite.
Mas independente do cartão ser da empresa ou da pessoa física por trás da mesma, essa é a forma mais custosa de se realizar tais pagamentos.
Quando utilizamos um cartão internacional para pagamentos, podemos pagar mais de 10% acima do valor devido, devido às taxas envolvidas.
Em toda operação de cartão internacional, obrigatoriamente, já há incidência de 6,38% de IOF – o Imposto sobre Operações Financeiras.
Ou seja, um pagamento de U$ 100 já passa a ser U$ 106,38.
Mas pior do que isso são as taxas de câmbio praticadas pelos grandes bancos nessas operações.
Enquanto o câmbio “oficial” possui um determinado valor – que varia dia a dia – o câmbio “do cartão” possui um valor cerca de 5% superior ao oficial.
Em resumo, quando se faz um pagamento no exterior, paga-se normalmente cerca de 11,38% a mais do que o valor devido.
Como fazer os pagamentos de outra forma, mais econômica?
Existem diversas alternativas para quem precisa enviar pagamentos ao exterior e não quer ficar refém das altas tarifas dos bancos e cartões tradicionais.
As plataformas online, por exemplo, normalmente praticam taxas bem menores do que as dos bancos e otimizam a cobrança de imposto, pois enquadram as operações corretamente (coisas que os bancos às vezes não se atentam).
Cada plataforma conta com limites diferentes e possibilitam pagamentos por boleto bancário ou TED, facilitando o processo.
Vale lembrar que a melhor maneira de enviar dinheiro do Brasil para o exterior depende de vários fatores, como facilidade para envio, valor das taxas, limites de valores, prazos, entre outras questões.
Portanto, analise bem as alternativas para não só economizar, mas também realizar a operação dentro das regras do Banco Central e da CVM.
Quanto é possível economizar? É difícil firmar um valor, mas a média de tarifas das soluções alternativas de envio de pagamentos ao exterior fica em 2% adicional à tarifa do câmbio, adicionado normalmente aos 0,38% de IOF.
Ou seja, ao invés de pagar 11,38% a mais no valor quando realizar pequenos pagamentos ao exterior, sua empresa pagará apenas 2,38% adicional.
Eventuais outros custos podem ser aplicados, da mesma forma que nas operações com cartões e bancos tradicionais.
É importante citar que dependendo do valor e do tipo de operação, pode haver incidência de Imposto de Renda.
Cada tipo de serviço prestado no exterior incorre em uma alíquota diferente sobre a remessa.
O cálculo da tributação se dará conforme a classificação da mesma dentre os muitos tipos de serviço já listados previamente pelo órgão regulador.
Como escolher uma boa e confiável plataforma de envio de pequenos pagamentos ao exterior?
Um dos maiores receios das empresas e das pessoas que as dirigem em utilizar serviços não tradicionais – como o cartão de crédito internacional – para realizar os pagamentos fora do Brasil é cair em um golpe e perder seu dinheiro.
Essa é uma preocupação coerente pois, infelizmente, assim como em todos os mercados existem os fraudadores.
A melhor forma de se proteger é confirmar que a instituição escolhida é autorizado pelo Banco Central ou pela CVM no Brasil e por instituições regulamentadas no exterior.
É possível também receber valores do exterior, usando serviços não tradicionais?
Assim como muitas empresas precisam enviar pagamentos ao exterior, há também muitas empresas que necessitam receber pagamentos do exterior.
Existem muitas empresas que prestam serviços para clientes em outros países e precisam receber por isso.
Da mesma forma que o envio, as plataformas online ou as corretoras de câmbio permitem o recebimento de valores, com taxas e tarifas bem mais vantajosas para seu negócio do que quando se utiliza os bancos tradicionais.
E se minha empresa fizer operações de altos valores internacionais, qual a melhor solução?
Esse é um ponto bastante interessante.
A grande maioria das empresas que operam com altos valores internacionais – e que não são possíveis via cartão de crédito – se utiliza dos bancos tradicionais para realizar tais operações.
São as chamadas operações de câmbio pronto ou comercial.
Quando isso ocorre, as taxas e tarifas cobradas pelos grandes bancos são muito maiores do que as possíveis taxas cobradas por instituições especializadas em câmbio.
Como esse é um tema complexo e necessita ser analisado caso a caso, sugerimos entrar em contato conosco para lhe orientarmos e entendermos a melhor opção para sua empresa.
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Original de Conexão Financeira
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Fonte: Jornal Contábil
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