Por Daniel Bruce
Comunicação CFC

A edição do Conexão Contábil Centro-Oeste trouxe o painel “diversidade, equidade e inclusão: um novo olhar para a profissão contábil em conformidade com o pacto global da Organização das Nações Unidades (ONU)” para debate, nesta segunda-feira, 6, na cidade de Campo Grande (MS).

Na oportunidade, a moderação foi realizada pelo vice-presidente de Desenvolvimento Operacional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Joaquim de Alencar Bezerra Filho.

Já a apresentação do painel ficou a cargo da conselheira do CFC,  Marlise Alves Silva Teixeira; da sócia de práticas profissionais da KPMG, Danielle Torres; e do vice-presidente de Registro do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG), Renildo Dias de Oliveira. 

Houve, também, a participação da debatedora, presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Mato Grosso (CRCMT), Giseli Alves Silvente.

Durante as apresentações, os participantes elencaram suas próprias experiências na profissão contábil para exemplificar e humanizar o olhar do profissional da contabilidade diante da realidade brasileira relacionada às questões de diversidade e equidade.

Danielle Torres destacou a trajetória de sucesso que tem tanto em Contabilidade, auditoria, ciência de dados, quanto na literatura, pois além de se dedicar ao mestrado acadêmico, também é escritora para a revista Marie Claire e de livros voltados para a literatura infanto-juvenil. 

A contadora é, ainda, especialista contábil em IFRS 17, membro do Tópico Técnico Global de Contratos de Seguros (IFRS 17) da KPMG, sendo coordenado em Londres, e líder do tópico técnico de Seguros no Brasil.

Ao falar sobre os desafios de ter se tornado a primeira mulher trans executiva do Brasil, a sócia de práticas profissionais da KPMG relembrou da importância de se tratar da temática de inclusão em um evento de tamanha proporção para a Contabilidade brasileira. 

“Talvez seja um tema que, para muitos aqui, seja novidade e um grande volume de informações. Porém, para além de tratar sobre identidade de gênero e equidade de gênero, do ponto de vista conceitual, eu prefiro trazer a minha carreira, a minha história de vida para que todos conheçam a transgeneridade, por meio da minha história”, finalizou Danielle.

Segundo a primeira trans executiva do país, infelizmente, não é comum que, ao falar de transexualidade, sejam citados exemplos de sucesso e de pessoas que desempenhem papéis de destaque na sociedade, dada a realidade cruel a que a maioria das pessoas trans são submetidas.

Ao encerrar os trabalhos do painel, o vice-presidente de Registro do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG), Renildo Dias de Oliveira, destacou a importância do pacto global da ONU para a diversidade e a equidade no mundo.

Segundo Renildo, é importante que as empresas saibam que apoiar a inclusão também é benéfico para elas. “No final, inclusão é gente cuidando de gente, e todo mundo precisa saber disso”, afirmou.

Ainda de acordo com o vice-presidente, os profissionais da contabilidade e as empresas podem respeitar, apoiar os direitos das pessoas com deficiência e se beneficiar a partir da inclusão.

“Será uma tripla vitória se ou quando o Pacto Global da ONU conseguir promover os direitos das pessoas com deficiência e incluí-las na sociedade, como gerentes, funcionários fornecedores e consumidores. Uma vitória para as pessoas com deficiência, uma vitória para as empresas e uma vitória para a sociedade em geral”, finalizou Renildo. 

Para conferir o painel na íntegra, basta clicar aqui.  

Fonte: CFC
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