O Índice de Confiança de Serviços (ICS), da Fundação Getulio Vargas, subiu 9,4 pontos em maio, para 60,5 pontos, após atingir em abril, o menor nível da série histórica iniciada em junho de 2008. Apesar da alta, o índice recupera apenas 21,7% das perdas sofridas nos últimos dois meses.

“Após deterioração nos últimos dois meses, a confiança do setor de serviços voltou a subir. O resultado recupera apenas 21,7% do que foi perdido nos últimos dois meses e por isso deve ser avaliado com cautela. A melhora foi muito influenciada pela revisão das expectativas, sinalizando uma redução do pessimismo. Para os próximos meses, ainda não é possível enxergar recuperação robusta principalmente pela alta incerteza e pelo cenário negativo no mercado de trabalho”, avaliou Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.

Houve variação positiva do ICS nos 13 segmentos pesquisados, com uma acomodação das avaliações sobre o momento atual e recuperação parcial das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 1,5 ponto após quatro quedas consecutivas, seguindo ainda bem próximo do mínimo nível histórico registrado no mês anterior (55,5 pontos). O Índice de Expectativas (IE-S) cresceu 17,4 pontos, para 64,7 pontos, recuperando somente 32,5% da queda acumulada nos três meses anteriores.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor de serviços diminuiu 1,5 ponto percentual para 78,0%, acumulando 4,9 pontos percentuais de queda em três meses e registrando novo mínimo histórico da série iniciada em abril de 2013.

As perspectivas de emprego nos setores de serviços nesse ano até agora

Com os impactos das medidas de isolamento social adotada, o indicador que mede as expectativas de contratação das empresas do setor de serviços registrou o mínimo histórico em abril (42,3 pontos). Os dados de maio trazem uma pequena melhora, representando apenas 13,8% de queda acumulada nos quatro meses anteriores, e deixando o indicador ainda em patamar extremamente baixo (49,5 pontos).

Abrindo a análise pelos principais segmentos, nota-se que o setor de serviços Profissionais teve a maior variação negativa do indicador em 2020, acumulando perda de 56,3 pontos no primeiro quadrimestre do ano e recuperando apenas 12,4% dessa queda em maio com alta de 7 pontos. Além dos serviços Profissionais, o setor de serviços para as Famílias também chegou a registrar queda superior a 50,0 pontos em 2020 até abril (caiu 51,5 pontos) mas teve uma compensação relativamente maior nesse mês, de 18,4%, com a alta de 9,5 pontos do indicador no período, o melhor resultado entre os principais segmentos de serviços.

Por Portal IBRE FGV

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Fonte: Contabilidade na TV
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