Você está com as vacinas em dia? E seus funcionários, estão? Parece exagero, mas muita gente ainda acha que vacina é coisa de criança e acaba deixando esse tipo de cuidado com a saúde para lá.
A consequência são surtos e epidemias de doenças que há muito tempo não assustavam a população, como é o caso da febre amarela, que adoeceu mais de 500 pessoas no estado de São Paulo em 2018 – resultando em 176 mortes. Em 2017, foi a vez do sarampo ressurgir depois de ter sido eliminado do Brasil e demais países das Américas. Só na cidade de São Paulo, já são 1.314 casos registrados até agora.
Mesmo com todos os avanços da medicina para tratamento dessas doenças, o melhor caminho ainda é a prevenção, explica Monica Levi, presidente da Comissão de Calendários e Consensos da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). E é aí que o empreendedor entra em cena.
“No ambiente de trabalho, é muito fácil ter um surto. Os funcionários podem passar a doença uns para os outros e também para os clientes. É uma responsabilidade muito grande”, afirma a especialista da SBIm.
Reunimos algumas dicas que vão ajudar você a manter sua empresa segura, zelar pela saúde dos funcionários e evitar dores de cabeça. Confira.
1) Consulte o médico do trabalho
Quem ajuda na tarefa de manter os trabalhadores de uma empresa sempre em dia com suas vacinas e demais cuidados com a saúde é o chamado médico do trabalho, mesma pessoa que realiza os exames de admissão e demissão de colaboradores.
O ideal é que o dono de negócio esteja sempre em contato com o profissional para entender quais medidas de prevenção devem ser adotadas no ambiente de trabalho, levando em conta as caraterísticas e o histórico dos funcionários – além das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Lembrando que algumas vacinas são oferecidas em postos públicos de saúde, enquanto outras são encontradas apenas na rede particular – ou seja, é preciso pagar por elas.
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2) De olho no Calendário de Vacinação Ocupacional
O Calendário de Vacinação Ocupacional divulgado no site da SBIm indica quais vacinas devem ser tomadas por determinados tipos de profissionais, considerando os riscos de contrair e transmitir doenças. No público-alvo, estão pessoas da área da saúde, trabalhadores do setor de alimentos, militares, profissionais do sexo, pessoas que trabalham com dejetos, manicures, atletas, entre outros. Monica Levi explica que a vacina contra a gripe, por exemplo, está disponível na rede pública apenas para grupos de maior risco, como idosos, gestantes, crianças pequenas, profissionais da saúde e da educação. Ainda assim, é comum os donos de negócios oferecerem a imunização a todos os funcionários.
“A vacina da gripe representa um execelente custo-benefício, pois os colaboradores ficam menos doentes e faltam menos. Estudos mostram que o benefício é efetivo”, diz a especialista da SBIm.
3) Faça campanhas de conscientização
Você não pode obrigar seus funcionários a se vacinarem, mas pode fornecer informação suficiente para que eles entendam quão importante é a imunização. Uma sugestão é promover palestras, rodas de discussão e divulgar material educativo, como textos e vídeos. A falta de informação está entre as principais causas da baixa cobertura em todas as faixas etárias, o que levou ao atual surto de sarampo em vários estados.
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4) Seja flexível com os funcionários
A maioria dos postos de saúde aplica vacinas apenas em horário comercial. Por conta das filas e do tempo de deslocamento, é comum os trabalhadores abrirem mão da imunização. O papel do empregador aqui é ser maleável e permitir que seus funcionários se ausentem pelo período necessário para a vacinação – que, provavelmente, será de apenas algumas horas.
5) Leve a vacina até a empresa
Para aumentar a adesão dos funcionários à vacinação e reduzir o tempo de afastamento do local de trabalho, você pode buscar uma clínica especializada que faça a chamada vacinação extramuros, que acontece na própria empresa. Para contratar esse tipo de serviço é preciso ter um local adequado para as boas práticas de imunização.
Por que vacinar seus funcionários?
Além do compromisso social com a saúde das pessoas que estão dentro e fora da sua empresa, um surto de vírus ou bactérias no ambiente de trabalho pode significar vários funcionários afastados. Em outras palavras, a produtividade cai e a equipe fica desfalcada – tipos de problema que nenhum empreendedor deseja ter.
Em segundo lugar, é importante estar ciente de que toda doença adquirida dentro da empresa é responsabilidade do empregador. É o dono do negócio quem deve se responsabilizar pelos custos do tratamento e, em caso de mortes, possíveis indenizações às famílias. Por fim, vale lembrar que em situações mais sérias, quando a doença se espalha para um grande número de pessoas, o empreendedor pode ser alvo de investigações em nível federal.
Por essas e outras, a vacinação dos funcionários é tão importante. Com uma equipe saudável e protegida, certamente seu negócio terá muito a ganhar.
Fonte: Azulis
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Fonte: Jornal Contábil
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