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O ano de 2022 certamente será ainda mais intenso do que o ano de 2021. E o desafio para os investidores brasileiros será decidir onde investir, pois muitas alterações vêm ocorrendo desde então, trazendo inúmeras incertezas. Alguns fatores adicionam ainda mais volatilidade neste cenário, como as questões da pandemia em relação a Covid-19, o aumento da taxa Selic, as eleições legislativas, o aumento na taxa de juros nos EUA, as projeções de inflação e PIB e mais recentemente a lamentável guerra na Ucrânia.  

Existem três principais temas a serem acompanhados neste ano de 2022.  

O primeiro passo é ficar de olho na retomada da atividade econômica após o pior momento da pandemia do coronavírus. Sabe-se que o desempenho ficará apartado. Alguns setores vão se recuperar mais rapidamente, assim como outros poderão continuar enfrentando dificuldades.   

Neste sentido, é preciso estar preparado para conviver com os efeitos de um ambiente inflacionário mais persistente. A expectativa é que algumas empresas consigam repassar os aumentos de custos podendo manter, ou ampliar as suas margens de lucro. 

O segundo fator para ser considerado é a possibilidade de erros na condução da política econômica. Por exemplo, alguns bancos centrais podem tomar decisões incorretas sobre o aumento dos juros.  

E o terceiro é a transição para uma economia com menor emissão de carbono. São reais os riscos causados pelo ritmo do aquecimento global, sendo assim, a discussão atual é como administrar os possíveis choques decorrentes da transição para uma nova forma de produção com menos impacto para o meio ambiente. 

Faço a seguir, algumas considerações sobre alguns desses cenários citados e possibilidades no investimento ao longo deste ano. 

Taxa Selic 

O ano de 2021 iniciou com a taxa Selic em 2% ao ano, gerando uma taxa de juros real menor que a dos países europeus. Já em 2022, começou com juros de 9,25% ao ano com final do ciclo de alta esperado em 12,75%.  Isso indica que o CDI volta a ser uma boa alternativa de segurança para todas as carteiras, inclusive para aquelas que desejam tomar mais riscos, mesmo que o fraco desempenho do Ibovespa acabe se repetindo ao longo do ano.  A guerra reforçou o perfil conservador que os investidores devem tomar neste momento, com preferência por títulos atrelados à inflação e Selic. 

PIB 

O PIB (Produto Interno Bruto), de acordo com estimativas econômicas, é esperado em 0,49% em 2022.  Não se é esperado um consumo elevado em função da persistência da inflação, muito menos grandes resultados na indústria, onde não se enxerga nem mesmo a capacidade de produção e nem aumento de investimentos.  

Atividade econômica 

Tratando-se de atividade econômica, já sabemos que a indústria vem perdendo a sua participação estrutural na composição da economia brasileira, onde tem sido fortemente impactada pela pandemia e vem apresentando uma difícil recuperação. Referente aos dados de produção e crescimento, refletem um crescimento econômico praticamente estagnado desde o primeiro trimestre de 2021, gerando total insatisfação. 

Inflação 

A expectativa era de que veríamos a inflação ceder no segundo semestre de 2022 e que o índice se mantivesse em alta nos seis primeiros meses do ano. As projeções de mercado estimavam cerca de 6,45 % de IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), mas isso ficou para atrás com o início dos ataques militares da Rússia à Ucrânia. Levando todos esses aspectos em conta, o ideal é ter posições relativamente maiores em ações de mercados desenvolvidos, especialmente nos Estados Unidos, na Europa e no Japão. 

Por Luis Fernando Lima, é VP de Expansão e Novos Negócios da Teddy Open Finance.

A Teddy Open Finance é uma Fintech de alta tecnologia, parceira de grandes bancos e fintechs, a fim de intermediar o contato entre grandes instituições financeiras e clientes no segmento Corporate, Middle, Empresas e pessoa física. 

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Fonte: Jornal Contábil
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