Contador não tem mais o viés de apuração de imposto. Ele é visto como consultor, diz conselheira do CFC

A alta satisfação dos clientes com a atuação dos contadores, revelada na pesquisa de satisfação dos clientes do CFC (Conselho Federal de Contabilidade) de 2022, é uma mudança evidente da imagem que se faz do profissional, atesta a contadora, professora e conselheira do CFC, Ângela Dantas. “Não temos mais o viés de apuração de impostos. Somos vistos como consultores e isso deu confiabilidade aos contadores. Hoje, querem o contador acompanhando a evolução do negócio”, observa.

Dantas se refere às questões da pesquisa sobre a avaliação da profissão contábil perante a sociedade. As quatro questões relativas à percepção externa da atuação dos contadores tiveram as notas mais altas da pesquisa (mais de 80% de satisfação).

Foi o melhor resultado dos últimos anos, acrescenta Fabrícia Gonçalves de Andrade, gerente da Ouvidoria do CFC e responsável pela pesquisa. Isso foi um reflexo da atuação dos contadores na pandemia (2020), explica a especialista.

“Em um período de isolamento e home office, os contadores ficaram mais próximos dos clientes e orientaram as empresas em como proceder em questões fiscais a partir de uma nova realidade. Também tiveram oportunidade de prestar assessoria financeira e gerencial, o que deu mais visibilidade à classe contábil”, acrescenta.

Avaliação perante a sociedade

A pesquisa foi realizada em novembro, com 166 participantes. Segundo o CFC, o objetivo é identificar como a sociedade avalia os trabalhos realizados pela classe contábil no Brasil, e entender como o público qualifica o conhecimento e as atividades entregues por esses profissionais.

Dentre as questões, 86,39% responderam que “o serviço prestado pelo contador ajudou na tomada de boas decisões para que o seu negócio evoluísse”. Em outra questão, 86,51% disseram que “do trabalho do profissional da contabilidade está auxiliando para alavancar a gestão financeira do seu negócio”.

O maior índice de respostas positivas foi em relação à imagem do contador. Para 90,12%, eles transmitem credibilidade, o que “inclui boa aparência, mas também atitudes comportamentais, como ética, empatia, simpatia, postura e competência técnica”.

Todos os resultados ficaram acima da nota de corte da pesquisa, que é 70, e todo resultado abaixo dessa média é considerado ruim, explica Andrade.

Confiabilidade

Para Dantas, conselheira do CFC, a confiabilidade na profissão contábil foi o principal resultado da pesquisa. Como exemplo, ela menciona a apuração de documentos como o ECF, ECD e PGDAS.

“Eles não são simples demonstrativos de obrigação fiscal, mas preparados com viés de informação estratégica. Ali você está reunindo informações importantes para bancos, fornecedores e investidores, que vão querer consultar esses dados antes de fazer negócios com os clientes”, detalha.

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Fonte: Portal Contnews
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