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Na semana passada o Presidente Jair Bolsonaro (PL) adiantou a notícia de que a partir do próximo sábado, dia 16, a tarifa de energia elétrica voltará a funcionar sob bandeira verde. Isso significa dizer que as contas de luz terão redução no kw/h cobrado. 

A estimativa é que a bandeira verde deva permanecer até  o final do ano, por conta do bom volume de água nos reservatórios. E uma vez que os reservatórios estejam cheios, não tem tarifa extra. Um alívio para os consumidores.

De acordo com o Governo Federal a redução será no percentual de 20% no valor final das contas. No entanto, especialistas no setor de energia debateram essa projeção, ressaltando que, em média, a redução deve ficar por volta dos 6,5%.

Entenda como é feito o cálculo da tarifa pelas bandeiras de tarifa de energia. 

Sistema de bandeiras

A bandeira tarifária é um sistema de cobrança regulamentado pela ANEEL, cujo objetivo é repassar mensalmente ao consumidor os custos adicionais causados pela necessidade de acionamento de usinas termelétricas na geração de energia. Este acionamento tem o objetivo de economizar a água dos reservatórios das usinas hidrelétricas, porque, quanto menor forem os níveis dos reservatórios, maior é o número de usinas termelétricas acionadas.

O sistema é dividido da seguinte maneira:

  • Bandeira Tarifária Verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo.
  • Bandeira Tarifária Amarela: condições de geração menos favoráveis. A fatura sofre acréscimo de R$ 0,018/kWh.
  • Bandeira Tarifária Vermelha: condições mais custosas de geração. A fatura sofre acréscimo de R$ 0,040/kWh para o patamar 1 e R$ 0,094/kWh para o patamar 2.

Bandeira Escassez Hídrica

No ano passado, foi criada a bandeira de escassez hídrica, que fixa um acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. Ela estava vigente há sete meses, desde setembro.

Segundo o governo federal, a medida era necessária para compensar os custos da geração de energia, que ficaram mais caros em consequência do período seco em 2021, apontado como o pior em 91 anos.

O volume de chuvas registrado desde o fim do ano passado e a atual situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas está mais confortável. No Sudeste e no Centro-Oeste, por exemplo, estão no período de chuvas no melhor nível desde 2012. 

Atualmente, as hidrelétricas são responsáveis por cerca de 65% da geração de energia no país. A matriz brasileira vem sendo modificada nos últimos anos com o crescimento de novas fontes renováveis, como eólica, que já representa aproximadamente 9% do total.

Resta aos consumidores torcerem para que o Governo mantenha a palavra e as contas de luz permaneçam em bandeira verde até o final do ano. Sem surpresas desagradáveis nos meses de setembro e outubro quando normalmente ocorre troca de tarifa.

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Fonte: Jornal Contábil
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