A todo instante, informações e dados sobre o impacto da COVID-19 nas empresas vêm sendo divulgados.
Em julho, pesquisa do Sebrae destacou que a pandemia de coronavírus mudou o funcionamento de 5,3 milhões de pequenas empresas no Brasil, o que equivale a 31% do total.
Outras 10,1 milhões, ou 58,9%, interromperam as atividades temporariamente. Outra pesquisa, realizada em setembro pela Agência Brasil, destaca a referência do IBGE de que a COVID-19 afetou 38,6% das empresas brasileiras na 1ª quinzena de agosto, onde o impacto negativo foi maior em empresas de pequeno porte.
O ano de 2020 virou, de fato, uma incógnita para o mundo. Os cidadãos e as empresas sofrem os impactos da crise que vem sendo provocada pela pandemia e, como em tantas outras crises econômicas já vividas, o mercado se vê diante de um quadro incerto e preocupante.
O grande impacto em todas as empresas, principalmente nas pequenas, ocorreu devido à maioria delas não possuir capital de giro para atravessar sequer um mês de falta de faturamento.
Adicionalmente, como se já não bastasse a falta de capacidade financeira (liquidez) dessas empresas, em sua maioria elas não possuem uma estrutura de controladoria que administra as informações.
Muitos empresários têm problemas para tomar decisões e manter seu negócio dentro da lei, seguindo as normas e trâmites legais que o Governo impõe.
E o que é pior: não têm acesso a informações estruturadas para a tomada de decisões de forma ágil e assertiva.
Com a evolução da Controladoria e, por toda experiência adquiria por mim nesses últimos 25 anos, por vezes é importante entender que dentro de um processo decisório empresarial, é melhor não ter uma informação para se tomar uma decisão do que ter uma informação errada.
Isso apenas valoriza a necessidade e destaca a importância da Controladoria de dar suporte à administração da empresa, para que informações corretas e estruturadas para a tomada de decisões possam ser administradas, desenvolvidas e trabalhadas no dia a dia.
Toda a base da função de Controller se dá em torno da estruturação do sistema de informações gerenciais.
Através do suporte fornecido por ele, é possível alinhar todos os processos organizacionais, definindo indicadores de desempenho, onde a base de dados das atividades da organização são transformadas em informações estruturais e vão ajudar nas estratégias para o processo decisório.
Ou seja, o seu papel é fornecer informações para que as decisões sejam corretas, ágeis e produzam os resultados desejados.
Contudo, a pandemia tornou evidente que a falta de informações estruturadas e consistentes afeta diretamente a sobrevivência das empresas.
E, por outro lado, revelou que uma Controladoria autônoma e fortalecida é fundamental para que os processos funcionem e as tomadas de decisões sejam realizadas corretamente.
Por fim, não só a Controladoria – mas a sinergia entre processos, pessoas e sistemas -, fornecem condições adequadas para que as empresas entendam que todos são parte importante no processo de gestão empresarial, elementos fundamentais para a sobrevivência das empresas.
Por Eduardo Belli Neto é gerente de Controladoria e Planejamento Financeiro da Hesselbach Company.
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Fonte: Jornal Contábil
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