A Brasil BioMarket, nome da loja colaborativa do Sebrae, é uma vitrine viva do empreendedorismo sustentável e inovador durante a COP30, em Belém (PA). De 10 a 21 de novembro, o público da conferência mundial do clima tem a oportunidade de conhecer 250 pequenos negócios que se conectam com novas maneiras de pensar o desenvolvimento sem abrir mão do cuidado com a natureza e com as pessoas.
Os pequenos negócios selecionados representam os seis biomas brasileiros, nos segmentos de alimentação e bebidas, moda e acessórios, artesanato e decoração, beleza e cosméticos. Além de expor e comercializar os produtos brasileiros, a loja quer fortalecer a economia regional, gerando emprego, renda e visibilidade para os empreendedores.
“Temos a convicção de que uma nova sociedade mais justa e integrada à natureza está nascendo, onde prevalecerão os valores da vida, sempre com inclusão. E essa vitrine que o Sebrae traz é uma amostra da economia mais verde que os pequenos negócios já promovem e que devemos fomentar”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.

Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae, aponta a loja como um espaço de valorização da bioeconomia com foco nas pessoas que fazem o modelo acontecer nos seus territórios. “Quem passar pela loja Brasil BioMarket vai ter uma experiência de consumo que explora a história dos produtos, a relação entre eles e como geram um impacto positivo na causa climática”, complementa Quick. A Associação dos Negócios da Sociobioeconomia da Amazônia (Assobio) foi contratada para operar a loja e a Vimer, para desenvolver o varejo de experiência que o espaço proporcionará. A ideia é que os empreendedores tenham suas “histórias contadas” por meio da exposição dos produtos.
Impacto socioambiental
A Jaty Galeria (@jaty_galeria) de Boa Vista (RR) vai mostrar como é possível empreender com impacto econômico e socioambiental. O empreendimento nasceu em 2022 junto com o programa Inova Amazônia do Sebrae. Comercializa produtos de arte, decoração e vestimentas da Amazônia produzidas por diversas associações locais de indígenas, ribeirinhos e quilombolas. Uma das clientes do empreendimento é a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, nascida no Acre.
Nós trabalhamos muito com a diversidade amazônica, sustentabilidade e cultura da Amazônia. As bolsas de fibras de buriti ou de arumã, por exemplo, são costuradas por mulheres indígenas, fomentando o empreendedorismo feminino. Já os colares possuem design único feitos com vários insumos da floresta.
Sewbert Jati, biólogo e diretor de projetos da Jaty Galeria
Há mais de 20 anos, ele trabalha com populações tradicionais e originárias da Amazônia. Jati conta que apesar de produzirem itens de alta qualidade e variedade, as comunidades não conseguem vendê-los. “Nós adquirimos esses produtos diretamente com as associações para comercializá-los, estimulando o resgate cultural deles com essa produção. Quem compra essas peças está ajudando essas populações mais isoladas a terem uma renda e acessar recursos que são mais difíceis para elas”, ressalta.

Conexão global
A loja Brasil BioMarket também cria um ambiente para a formação de parcerias estratégicas entre empreendedores locais e investidores internacionais, ampliando as redes de negócios e oportunidades de exportação. Desde que soube sobre a realização da COP30 no Brasil, a empreendedora Cecília Viveiros começou a pensar nas possibilidades de levar sua marca de produtos cosméticos naturais e veganos para o evento. A Natureza Raiz (MT) foi criada por ela, de forma artesanal em 2021, a partir de seus conhecimentos como engenheira química.
Hoje a produção é terceirizada, mas toda a formulação é feita pela empreendedora. Os óleos, manteigas e extratos são obtidos de forma sustentável e rastreável com a maioria dos fornecedores de outros estados, como Acre, Rondônia, Amazônia e Pará. “Estar na COP30 é um grande palco devido à relevância da conferência em termos mundiais. Sem dúvida uma oportunidade de conexão e networking. Tudo que acontece ali tem uma intensidade maior”, avalia a empreendedora que já participou de feiras fora do Brasil onde a marca tem chamado muito atenção do mercado internacional.
Os produtos da Natureza Raiz possuem certificação internacional Cosmos Ecocerti. Na loja colaborativa, os visitantes vão poder adquirir o shampoo em barra, a máscara capilar e o sérum facial shakti que tem em sua composição o extrato de mulateiro, conhecido na Amazônia como a “árvore da juventude”.
Um diferencial considerável dos nossos produtos é que não usamos nenhuma essência sintética. São produtos biodegradáveis, não poluentes, com qualidade prime que precisam atrair cada vez mais a percepção de valor para o nosso público-alvo. É uma marca pequena que precisa de muitos investimentos para crescer.
Cecília Viveiros, empreendedora
A loja Brasil BioMarket funciona em dois locais diferentes, tanto na Green Zone (zona verde), local oficial da realização da Conferência aberta ao público em geral, quanto na En-Zone, espaço do Sebrae instalado na Tv. Rui Barbosa, 200 (Reduto, Belém), voltado ao empreendedorismo. Os dois espaços funcionam todos os dias da COP30, das 8h às 22h (Green Zone) e das 16h às 22h (En-Zone).

De olho no mercado estrangeiro
Na seção de alimentação e bebidas, a Frucoco de Belém (PA) vai apresentar sua água de coco envasada. Conhecida no mercado local, o pequeno empreendimento se destaca pela produção de coco sem o uso de defensivos agrícolas e aproveitamento de resíduos orgânicos para adubação. “Nossa água de coco é de alta qualidade, sem misturas e manipulação livre de contaminação. É um processo sofisticado no qual o fruto é colhido no ponto ideal, a partir de uma técnica que eu descobri como agrônomo e 45 anos de experiência com a cultura do coco”, destaca Luiz Nicácio, dono da microempresa.
Com proposta para vender o produto em outros estados e fora do Brasil, em países como Caribe, EUA e China, a Frucoco quer se tornar mais conhecida na COP30. “Nosso principal objetivo é a divulgação da marca por meio da degustação. Beber nossa água de coco é como se a pessoa estivesse bebendo diretamente dentro da fruta”, analisa o empreendedor que é o responsável técnico pela produção.
Fonte: SEBRAE
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