O avanço da variante ômicron, responsável pelo recente aumento de casos de Covid-19 no Brasil, segue uma tendência vista em todo o continente americano: em apenas uma semana,o número de casos de Covid-19 em todo o território quase dobrou, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas e Caribe.
Enquanto em 1º de janeiro a região havia notificado 3,4 milhões de novos casos de Covid-19, em 8 de janeiro este número saltou para 6,1 milhões, informou a diretora da Opas, Carissa F. Etienne, durante coletiva de imprensa nesta quarta (12). A comparação feita por ela de um ano para o outro mostrou uma expansão ainda maior da Covid-19 na região.
“Em 8 de janeiro de 2021, as Américas registraram 2,4 milhões de casos, e neste ano, na mesma data, foram 6,1 milhões de casos, um aumento de 250% de um ano para o outro”, alertou Etienne.
De acordo com a Opas, a ômicron já foi detectada em pelo menos 42 países e territórios da região e em alguns deles os casos triplicam a olhos vistos, como no Brasil que, segundo a diretora,registrouum aumento de 300% no total de casos de Covid-19 no período.
A situação só não é considerada mais dramática porque a vacinação está impedindo um crescimento na quantidade de mortes na mesma velocidade dos casos.“Graças ao aumento da vacinação na região, a taxa de mortalidade por Covid-19 permanece estável, mas o aumento das idas ao pronto-socorro e hospitalizações deixou muitos sistemas de saúde com dificuldades para fazer frente à situação”, disse.
Para a diretora da Opas, a ômicron deve se tornar a variante dominante nas Américas e não vai provocar uma onda leve.“As infecções por ômicron podem ser letais, especialmente para os imunocomprometidos e os não vacinados”, disse ela, pedindo às pessoas que mantenham as medidas básicas de saúde, como uso de máscara cobrindo o nariz e boca e o distanciamento social, além da vacinação e o uso de testes se apresentar sintomas.
Segundo Etienne, a dose adicional de vacinas contra Covid-19 “ajudará a reforçar a capacidade dos trabalhadores de saúde de resistir à exposição ao vírus”.
Ômicron em São Paulo
A participação da variante ômicron no total de amostras do vírus SARS-CoV-2 sequenciadas no estado de São Paulo entre 11/12 e 18/12 foi de 19,2%, um número menor apenas que a variante delta, correspondente a 80,5% dos casos de Covid-19 no estado. Os dados estão no boletim epidemiológico da Rede de Alertas das Variantes do SARS-CoV-2, produzido pelo Instituto Butantan e que analisa o aumento, estabilização ou diminuição da incidência dos casos positivos de Covid-19 por semana epidemiológica. Para se ter uma ideia da rápida disseminação da ômicron na região, na semana anterior, a incidência da ômicron correspondia a 2,5% dos casos.
As informações são obtidas a partir de sequenciamento genômico dos testes diagnósticos positivos realizados no Butantan e nos demais parceiros da rede: Hemocentro de Ribeirão Preto/FMRP-USP, FZEA-USP/Pirassununga, Centro de Genômica Funcional ESALQ-USP/Piracicaba, Faculdade de Ciências Agrônomas UNESP/Botucatu, FAMERP São José do Rio Preto, Mendelics e Centro Analítico de Genômica e Proteômica.
O sequenciamento genômico iniciou-se no mês de janeiro de 2021 e até a 50ª semana epidemiológica já foram sequenciados 35.512 (3,1%) genomas completos de 1.154.150 (31,8%) casos positivos.
Com Informações Portal Butantan
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Fonte: Jornal Contábil
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