Por Fabrício Lourenço
Comunicação CFC
Especialista do CFC recomenda uso moderado do cartão de crédito e do cheque especial
O isolamento social para o combate ao Covid-19 está impactando a vida financeira de milhões de pessoas em todo o mundo e no Brasil não seria diferente. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o percentual de famílias endividadas e que não têm reserva financeira alcançou 65,3% em janeiro deste ano.
Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o percentual de famílias endividadas e que não têm reserva financeira alcançou 65,3% em janeiro deste ano, e os vilões dessa dívida são o cartão de crédito e o cheque especial, que possuem juros altos, seguidos pelo cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnê de loja, prestação de carro e de casa.
As dívidas do cartão de crédito são as mais comuns, atingindo 79,89% das famílias brasileiras. Em meio ao caos da pandemia os bancos estão aumentando o limite do cheque especial e do cartão de crédito. “É preciso ter cuidado e atenção para utilizar esses dois produtos, para que, juntos, não virem uma bola de neve, porque não há ainda um comunicado oficial de que os juros serão, nesse primeiro momento, reduzidos”, alerta o coordenador do Programa de Voluntariado da Classe Contábil (PVCC), mantido pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), contador Elias Caddah.
Outro ponto lembrado por Caddah é que o número de desempregados e endividados no país, devido à pandemia, tende aumentar e pode atingir o maior nível da história.
O coordenador recomenda que as famílias que estão no vermelho tenham cautela e que é fundamental e urgente a elaboração de um planejamento financeiro. “Dependendo do tipo de trabalho, é necessário saber de tudo o que se ganha e o que se gasta. É preciso fazer um raio-x da vida financeira da família”, recomenda o contador.
As empresas brasileiras, segundo Caddah, também serão gravemente afetadas, e “com a economia parada, os empresários não terão fôlego para pagar os seus compromissos financeiros”. Caddah orienta, ainda, os empresários a utilizarem a tecnologia de forma benéfica, já que muitas empresas estão concedendo férias coletivas aos empregados. Para o coordenador, “o uso das redes sociais para o alcance do cliente que está em casa; a utilização de aplicativos delivery; a avaliação dos custos para esse tipo de operação; e a renegociação com os fornecedores podem ser uma boa opção”.
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Bando Central, afirmou no início da semana que a pandemia causada pelo Covid-19 terá efeito contracionista extremamente significativo sobre a atividade global.
No Brasil, segundo o Copom, o aumento de casos do novo coronavírus poderá ter três impactos: falta de produtos devido à interrupção das cadeias produtivas; choque dos custos de produção; e retração da demanda, devido ao aumento da incerteza e de restrições impostas pela pandemia.
Dicas para manter um orçamento seguro
- Fazer um planejamento financeiro.
- Revisar e analisar o que realmente é essencial e o que pode ser cortado, lembrando que esse sacrifício é necessário para que se crie um hábito de poupar e adequar o seu orçamento a essa nova realidade.
- Atentar para o fato de que não é necessário fazer estoque de comida e medicamentos, pois assim pode-se controlar os gastos, principalmente com o cartão de crédito.
- Cuidar para que, neste momento, não sejam feitas grandes dívidas, como troca de carros e reformas, por exemplo.
- Renegociar com os bancos as dívidas em geral que possam aparecer.
Fonte: Contábeis
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