Foto: Reuters / Benoit Tessier / Agência Brasil

Os protestos na China começaram na última sexta-feira (25.11) e tem atraído centenas de pessoas, eles estão acontecendo em várias cidades chinesas, como a capital Pequim, e a metrópole Xangai.

O povo está protestando contra seus governantes, pedindo o fim dos frequentes lockdowns e da política de tolerância zero contra a Covid-19. Neste fim de semana os protestos se intensificaram, um incêndio que matou 10 pessoas num bloco de apartamentos em Urumqi, no oeste do país.

Com isso milhares de pessoas foram às ruas de Xangai para lembrar as vítimas e protestar contra as restrições. Em Xangai, uma multidão começou a se reunir na noite de sábado (26) para fazer uma vigília à luz de velas pelas vítimas de Urumqi.

Neste domingo (27), manifestantes também se reuniram na Universidade Tsinghua, em Pequim, onde cantaram o hino nacional chinês segurando folhas de papel em branco. A tática seria para evitar a censura e a repressão.

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Flexibilização

Nesta segunda-feira (28.11), as autoridades chinesas flexibilizaram, algumas medidas no âmbito do combate à Covid-19, mantendo  a estratégia “zero casos” da doença.

Essa atitude foi tomada, após as manifestações que exigirem a demissão do Presidente Xi Jinping, na maior demonstração de oposição ao Partido Comunista em décadas.

O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, acusou “forças com motivações ocultas” de “estabelecerem uma ligação” entre um incêndio mortal na cidade de Urumqi, no noroeste da China, e as medidas de bloqueio impostas no âmbito da estratégia de “zero casos”.

Agora o Governo da cidade de Pequim disse que deixará de trancar os portões para bloquear o acesso a condomínios onde forem confirmados novos casos de Covid-19.

Guangzhou, o maior foco da última vaga de infeções na China, anunciou que alguns residentes já não serão obrigados a submeter-se a testes em massa.

Urumqi, e outra cidade na região de Xinjiang, no noroeste do país, anunciaram que os mercados e outros negócios em áreas consideradas de baixo risco de infeção reabririam esta semana e que o serviço público de autocarros seria retomado.

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Covid na China

De acordo com dados da Comissão Nacional de Saúde, a China bateu no sábado o número recorde de infeções, detetando quase 40.000 novos casos, embora mais de 90% se tratem de casos assintomáticos. Nesta segunda-feira, o número de novos casos diários aumentou para 40.347, incluindo 36.525 sem sintomas.

A estratégia “zero Covid”, que visa isolar todas as pessoas infetadas, ajudou a manter os números de casos da China mais baixos do que em outros países, como os Estados Unidos.

Porém, esta estratégia tem confinado milhares de pessoas às suas casas durante até quatro meses, e alguns queixam-se da falta de alimentos e de material médico fiável.

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Fonte: Jornal Contábil
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