O brasileiro está cada vez mais participativo no mercado financeiro. No último ano, a quantidade de investidores na Bolsa de Valores cresceu mais de 19%, totalizando mais de 1 milhão de investidores atualmente. Além disso, já são mais de três milhões de aplicadores em produtos de Renda Fixa, preferindo estes investimentos à poupança, segundo pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Junto com o crescimento do interesse das pessoas pelo segmento, duas carreiras ligadas ao setor estão em alta: a de consultor financeiro e a de agente autônomo de investimentos. A diferença entre elas é algo que tem causado dúvidas entre os investidores.
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Para regulamentar as duas atuações, recentemente, a CVM (Comissão de Valores Imobiliários) publicou a Instrução nº 593 que disciplina as atividades do consultor financeiro, diferenciando estas das funções do agente. O objetivo é evitar o conflito de interesses e a indução do investidor ao erro.
A questão é simples: enquanto a fonte de recursos do consultor financeiro vem diretamente do cliente para o qual presta serviços, os rendimentos do agente autônomo estão atrelados às comissões ganhas sobre os produtos que a instituição representada por ele distribui. No caso, por regulamentação, um agente autônomo é um representante de uma instituição financeira (banco) ou corretora de valores, que possui autorização para negociar seus produtos. “Mas, para isso, ele precisa obter o registro na CVM, após aprovação em exame técnico organizado pela Ancord (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidores de Títulos e Valores Mobiliários Câmbio e Mercadorias). O objetivo dessa certificação é garantir a qualidade técnica dos profissionais no mercado, o que inclui ética e conhecimento, afinal, estamos falando de dinheiro de terceiros”, explica Pablo Piñuelo, sócio da Cordier Investimentos, escritório de agentes autônomos que atua com a distribuição de produtos exclusivos do BTG Pactual nas regiões de Sorocaba (SP), São Paulo e Curitiba (PR)”.
A atividade de mediação de valores mobiliários pode começar a ser exercida, apenas depois de se obter a certificação e, segundo a regra, o agente não pode ser remunerado pelo cliente, mas sim pela instituição que representa. Seu trabalho é prospectar clientes e explicar, de forma simples e esclarecedora, o funcionamento do mercado e dos produtos financeiros. “Esse cuidado é fundamental para que o cliente tenha a liberdade de indicar o produto mais adequado ao seu perfil. Nós, da Cordier Investimentos, temos profissionais com capacidade técnica e alta qualidade no atendimento para entender a situação de cada cliente e, por meio da plataforma BTG Pactual digital, apresentar as melhores oportunidades disponíveis”, completa Pablo.
Já, o consultor financeiro é alguém contratado diretamente pelo cliente, sendo ele pessoa física ou jurídica, para auxiliá-lo na escolha dos investimentos. Seu trabalho não tem ligação com instituições financeiras. É um profissional liberal ou empresa que prestam serviços de forma independente.
Ética e conhecimento técnico
De qualquer forma, ambas as atribuições exigem ética e muito conhecimento técnico. Por isso, antes de contratar esses serviços, é aconselhável seguir algumas recomendações. No caso do consultor financeiro, o ideal é fazer ampla pesquisa no mercado. Por sua vez, em relação ao agente autônomo de investimentos, o investidor deve sempre checar com a instituição financeira se o profissional está cadastrado e tem autorização para exercer a função. Além disso, é importante escolher uma empresa que atenda seu perfil e que seja de extrema confiança, nesse momento, recomendação de familiares e conhecidos é muito bem-vinda. No site da CVM, também é possível conferir se o profissional está na lista dos agentes autônomos: www.cvm.gov.br.

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Fonte Jornal Contábil