A economia brasileira cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023, na comparação com os primeiros três meses anteriores deste mesmo ano, considerando a série com ajuste sazonal. Os números divulgados nesta sexta-feira (1), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), superaram todas as expectativas. Quando comparado ao segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4%, no primeiro semestre já aumentou 3,7%, superando todas as expectativas dos analistas do mercado.

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os sinais positivos refletem iniciativas como o avanço em relação ao novo arcabouço fiscal, a discussão qualificada sobre a reforma tributária, melhoria no mercado de trabalho, incluindo também a queda da inflação e da taxa Selic recentemente, com indicação de sua trajetória decrescente para os próximos períodos. “O Brasil voltou a ter pibão. Os números do IBGE não mentem. Com o resultado de hoje, o PIB superou todas as expectativas dos analistas do mercado. A alta é justificada pelo bom desempenho da indústria e do setor de serviços, que respondem por 70% da economia do país. Isso vem associado com a geração de mais empregos. Os pequenos negócios são, de fato e legitimamente, a base, o fundamento e a força dessa economia”, ressalta Décio.

Os dados apresentados pelo IBGE mostram que a economia está em atividade um pouco mais forte do que estava sendo previsto pelo mercado. Ainda há alguns indicadores sem uma forte tendência definida, mas que aparentemente sinalizam positivamente para um novo ciclo econômico.

No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2023, o PIB cresceu 3,2%, em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. No semestre, a alta acumulada foi de 3,7%. Além disso, o PIB do segundo trimestre de 2023 totalizou R$ 2,651 trilhões.

O presidente do Sebrae ainda avalia que os resultados demonstram que a atuação do novo governo, além de estar sendo bem-sucedida, está sendo bem conduzida na relação entre o executivo e o Congresso Nacional para a aprovação de medidas importantes.  “São medidas que já estão impactando positivamente e podem impactar muito mais o ambiente de negócios no país, tornando-o mais propício ao crescimento e desenvolvimento econômico e social, sobretudo para os fins últimos de promover mais justiça e distribuição de renda, redução de desigualdades e bem-estar para a população”, pontua Décio.

Setores

Os setores com maior crescimento foram a Indústria (0,9%) e Serviços (0,6%). No caso da Indústria, o aumento se deve aos desempenhos positivos nas Indústrias Extrativas (1,8%), na Construção (0,7%), na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,4% ) e nas Indústrias de Transformação (0,3%).

Nos Serviços, os resultados positivos foram, principalmente em atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), outras atividades de serviços (1,3%) e Transporte, armazenagem e correio (0,9%).

No caso da Agropecuária, houve um recuo de 0,9% no segundo trimestre de 2023, quando comparado ao trimestre anterior deste mesmo ano. No entanto quando comparado ao mesmo período de 2022, os registros apontam um crescimento de 17%. Esse último resultado pode ser explicado, principalmente, pelo bom desempenho de alguns produtos da lavoura que têm safra relevante no segundo trimestre, tais como: soja (24,5%), milho (13,7%), algodão (10,2%) e café (5,3%).

“Comemoramos as boas notícias e devemos continuar o trabalho que realizamos no Sebrae, em apoio aos pequenos negócios, contribuindo para a qualificação de sua gestão, a capacitação da força de trabalho, para ampliação de seus mercados, na produção de mais e melhores bens e serviços”, ressalta o presidente Décio Lima. O Sebrae também reforça o empenho da instituição por maior acesso a crédito, que permita o desenvolvimento dos negócios, bem como na criação de novas empresas, a geração de emprego e renda.

Fonte: SEBRAE
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