A Associação Brasileira de Criptoativos e Blockchain (ABCB) divulgou nota nesta quinta-feira (15/8) comentando os recentes casos de golpes envolvendo bitcoins, casos que considera “exceções” no mercado.
Só recordando, recentemente muitos casos ganharam a mídia, como a crise da NegocieCoins e no Grupo Bitcoin Banco e as suspeitas de pirâmide financeira contra a Indeal e a Unick Forex. Em todos os casos, o principal atrativo para angariar investidores são as negociações com criptomoedas. Como a maior parte das pessoas não entende nada sobre esse mercado, fica fácil de empresas mal-intencionadas obterem clientes que querem lucro fácil e rápido.
Em sua nota, a ABCB afirma que nenhuma das empresas citadas nas reportagens recentes faz parte de seu quadro de associados. Além disso, destaca que “práticas abusivas, em qualquer atividade, precisam ser investigadas e seus responsáveis, punidos”.
A associação considera que o mercado é formado “majoritariamente por empresas sérias, inovadoras e dispostas a investir na economia do país” e que essas não podem “ser confundidas com uns poucos aproveitadores”. Para a ABCB, os casos apresentados na mídia são exceções.
Combate a fraudes e regulação benéfica
A nota afirma ainda que a ABCB, por iniciativa própria, recentemente organizou reunião com órgãos públicos, como Ministério Público, Banco Central, Receita Federal e Comissão de Valores Mobiliários (CVM), buscando “formas de amadurecer esse mercado, incluindo, claro, possíveis ferramentas de combate às atividades criminosas envolvendo criptoativos”. Afirma ainda que tem dialogado sobre isso com deputados e senadores.
A nota ainda diz que a ABCB defende um ambiente regulatório “que seja benéfico tanto para consumidores como para as empresas”.
Fazendo clara alusão às recentes instruções da Receita Federal, a ABCB afirma que “as regras não podem sufocar um setor que tem muito a contribuir para o desenvolvimento tecnológico e econômico do país”.
Confira, abaixo, a íntegra da nota:
Para associação, fraudes com criptoativos são exceções e não refletem o mercado
Em função das recentes reportagens na imprensa envolvendo corretoras de bitcoin acusadas de fraude, a Associação Brasileira de Criptoativos e Blockchain (ABCB) esclarece que nenhuma das empresas citadas faz parte de seu quadro de associados.
Lamentamos que os consumidores tenham sido lesados financeiramente. Práticas abusivas, em qualquer atividade, precisam ser investigadas e seus responsáveis, punidos.
No entanto, é importante esclarecer que tais casos são exceções. A ABCB, por exemplo, conta com mais de 35 empresas associadas. Para ser aceita na entidade, cada uma delas teve de passar por um rigoroso processo de avaliação, incluindo aspectos jurídicos e de reputação.
Essa separação do joio do trigo foi, inclusive, um dos motivos que levaram à criação da ABCB. É no mínimo injusto todo um mercado, formado majoritariamente por empresas sérias, inovadoras e dispostas a investir na economia do país, seja confundida com uns poucos aproveitadores.
A ABCB e seus associados têm todo o interesse no combate às fraudes. Por iniciativa da ABCB, estivemos reunidos recentemente com diversos órgãos públicos, dentre eles Ministério Público, Banco Central, Receita Federal e Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Foi a primeira vez em que nos sentamos juntos para discutir formas de amadurecer esse mercado, incluindo, claro, possíveis ferramentas de combate às atividades criminosas envolvendo criptoativos. Um diálogo que também tem ocorrido com deputados e senadores.
Por fim, vale ressaltar que a ABCB defende um ambiente regulatório que seja benéfico tanto para consumidores como para as empresas. As regras não podem sufocar um setor que tem muito a contribuir para o desenvolvimento tecnológico e econômico do país.
Associação Brasileira de Criptoativos e Blockchain – ABCB
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Fonte: Jornal Contábil
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