Cumprir com o marco fiscal e a meta de inflação são os maiores desafios do Brasil

Economista-chefe do Banco Santander, Ana Paula Vescovi apresentou hoje (11/06) a palestra de abertura da 14ª Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente, evento promovido pelo Ibracon – Instituto de Auditoria Independente do Brasil, que acontece até amanhã no Teatro Claro Mais, na cidade de São Paulo.

Líder do time de análises macroeconômicas no Santander Brasil desde 2019, Vescovi tem vivenciado mudanças estruturais nos setores bancário e financeiro e acompanhado a economia pela perspectiva dos mercados. Na sua palestra sobre as perspectivas econômicas para o Brasil, ela enfatizou que o País tem dois grandes desafios pela frente: dar um sinal muito claro de que irá cumprir com o marco fiscal e reforçar o compromisso com a meta de inflação.

Cumprir com o marco fiscal e a meta de inflação são os maiores desafios do BrasilEla lembrou, no entanto, que o Brasil tem feito grandes e importantes reformas, como a Tributária, e que o mercado de capitais quase dobrou de 2016 para cá. Além disso, está muito bem posicionado no lado externo, com um superávit recorde de 100 bilhões de dólares no ano passado, que deve ter bons resultados também neste ano. “Isso sem falar que ainda não entramos na era do crédito de carbono, em que o Brasil ficará muito bem no longo prazo, já que o custo de descarbonização daqui é um terço dos demais países graças ao reflorestamento”.

A economista-chefe do Santander falou ainda da importância de o Brasil ganhar potência de credibilidade e ter um nível de regras e regulações mais estável, a exemplo do que aconteceu na Austrália.

Em relação ao mercado global, Vescovi lembrou que vivemos em uma era secular de incertezas, em que muitas mudanças acontecem simultaneamente. Entre elas, citou: um mundo com juros mais altos em função de um processo de liquidez muito elevado; pela primeira vez a discussão sobre gastos públicos nos Estados Unidos; questões geopolíticas preocupantes, com as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio que têm levado a alternativas monetárias nas transações diferentes do dólar; e os impactos da inteligência artificial, que podem ser positivos se houver uma melhoria de produtividade no trabalho e a melhoria do bem-estar da humanidade, ou negativo, se abolirá os postos de trabalho.

Vescovi participou ainda de um debate com o presidente do Ibracon, Sebastián Soares, o superintendente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), Alexandre Pinheiro dos Santos, e a vice-presidente Técnica do CFC (Conselho Federal de Contabilidade),  Ana Tercia Lopes Rodrigues.

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Fonte: PORTAL CONTNEWS
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