A maior parte das startups no Brasil começa sem gerar receita. É o que mostra um levantamento do Observatório Sebrae Startups, que analisou dados de mais de 15 mil empresas atendidas ou cadastradas em programas da plataforma em todo o país. Ele mapeia a evolução financeira dessas empresas ao longo de quatro estágios de maturidade e evidencia o desafio crítico da monetização nas fases iniciais.

Na fase de validação, que reúne startups que recém saíram da ideação e passam aos testes iniciais, 74% das empresas não faturam. Apenas 17% conseguem gerar alguma receita, na faixa de até R$ 81 mil por ano, e menos de 9% ultrapassam esse patamar. É nesse momento que se configura o que o ecossistema chama de vale da morte — quando a empresa já exige dedicação e recursos, mas ainda não encontrou um modelo de negócios sustentável.

“Essa é a fase mais crítica para o empreendedor. É quando ele precisa validar se o produto, serviço ou solução realmente tem aderência no mercado. Muitas startups acabam falhando justamente aqui, por não conseguirem comprovar que há demanda suficiente para sustentar o negócio. Quando essa validação é bem feita, elas conseguem estruturar a operação, gerar tração e partir para a escala”, explica Cristina Mieko, Head de Startups do Sebrae.

Foto: Divulgação

À medida que as startups avançam para a fase de tração, o cenário se transforma. Apenas 11% continuam sem faturar, enquanto a maior parte, 68%, já registra receitas entre R$ 81 mil e R$ 360 mil por ano. Outras 13% superam esse valor e demonstram um modelo validado com potencial de crescimento.

As startups que chegam até aqui já provaram que têm um produto com demanda e um modelo de receita funcional. A partir de agora o foco passa a ser ganhar escala.

Cristina Mieko, Head de Startups do Sebrae

Na fase de crescimento, com 2.241 startups mapeadas, o faturamento se torna regra. Apenas 5% ainda não geram receita. A maioria fatura entre R$360 mil e R$4,8 milhões por ano, e 3% já superam esse último patamar. Esse grupo representa negócios consolidados, em operação estruturada e com potencial para escalar.

O último estágio da jornada, chamado de escala, reúne 514 startups. Neste grupo, 77% das empresas faturam acima de R$360 mil por ano. Um terço delas, 35%, já superaram a marca dos R$4,8 milhões anuais. Apenas 3% continuam sem faturamento.

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“Esse é o topo da jornada. As empresas que chegam aqui demonstram um alto grau de maturidade, estrutura de governança e um modelo de negócio escalável”, diz Cristina. Para ela, o desafio do ecossistema é criar condições para que mais startups atravessem os estágios iniciais.

O estudo do Observatório Sebrae Startups revela que o caminho até a consolidação de um negócio inovador no Brasil é estreito, mas viável. Com atuação nacional e foco em empreendedores desde a ideação, a plataforma Sebrae Startups oferece suporte técnico, conexões estratégicas e programas de capacitação em todas as regiões do país. O objetivo é ampliar as chances de sobrevivência e sustentabilidade de startups que, com o tempo, podem se transformar em empresas de grande impacto econômico e social.

Fonte: SEBRAE
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