O modelo de negócios das dark kitchens tem chamado a atenção de empreendedores interessados no segmento de alimentação, seja para quem quer começar a empreender ou para quem já atua no ramo. Com o boom do delivery durante a pandemia, a tendência do food service ganhou mais espaço.
Estudo realizado no ano passado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) constatou que quase 30% dos restaurantes parceiros do Ifood são dark kitchens. A universidade coletou informações de 22,5 mil estabelecimentos listados no aplicativo nas cidades de Limeira, Campinas e São Paulo.
O termo em inglês dark kitchen refere-se a cozinhas montadas para funcionar apenas no formato de entrega. Os estabelecimentos não possuem atendimento em salão, nem mesmo no balcão para retirada no local. Esse tipo de operação também recebe o nome de ghost kitchen, ou na tradução literal “cozinhas fantasmas”, por funcionarem em locais sem fachada. Toda interação com o cliente acontece no mundo virtual, por isso, podem ser chamadas também de virtual kitchen.
Tipos de Dark Kitchen
Os modelos mais tradicionais de dark kitchen já são conhecidos, principalmente pelas pizzarias 100% delivery, mas atualmente, a operação desse tipo negócio tem ganhado outras versões. A cloud kitchen, por exemplo, tem sido opção para que quem expandir as operações de restaurantes que já existem ou criar uma marca virtual com baixo custo. Nesse último caso, é comum que o funcionamento seja realizado em cozinhas industriais compartilhadas.
Benefícios
Entre as vantagens de investir no modelo de operação, segundo o Sebrae, estão o menor custo fixo, pois a ausência de salão permite uma equipe mais enxuta, além da possibilidade de escolher um ponto comercial mais barato e fazer entregas para toda a região. A otimização de custos e multimarcas também favorecem as dark kitchens ao oferecer diferentes tipos de gastronomia, a partir da mesma cozinha, com pratos preparados em uma cozinha compartilhada.
Confira abaixo algumas dicas do Sebrae para garantir que seu negócio alcance sucesso como uma dark kitchen:
1. Planejamento e restrição de cardápio
Um bom planejamento vai garantir uma boa experiência ao cliente. Por isso, garanta qualidade e a integridade dos alimentos que são embalados para o serviço de entrega. Restringir o cardápio, priorizando alimentos que não sofram grandes mudanças de sabor e aparência pelo tempo de preparo e consumo, é uma forma de evitar reclamações e baixa pontuação nos aplicativos de entrega.
2. Embalagem adequada
Escolher uma embalagem para viagem apropriada para o tipo da comida é fundamental para que durante o trajeto da entrega não ocorra acidentes, como vazamentos e mistura de itens que desfavoreçam a apresentação do alimento.
3. Gestão das margens de lucro
As taxas de cobrança sobre o valor do pedido podem variar bastante conforme o aplicativo de entrega utilizado. É importante entender bem o contrato e o impacto nas margens de lucro do negócio.
4. Localização
Se o ponto for localizado em uma área mista (residencial e comercial), alguns cuidados devem ser tomados para não gerar problemas com a vizinhança. Fique atento à limitação de ruídos de acordo com o horário, além de emissão de odores e gases. O descarte correto dos resíduos deve seguir as normas sanitárias e os horários estabelecidos pelo serviço público de coleta.
5. Sinalização e comunicação
Coloque uma boa sinalização para os motoboys identificarem o local correto da retirada das entregas. Seja objetivo na sua comunicação para alcançar o máximo de eficiência. Não esqueça de observar o sentido do trânsito da via onde sua dark kitchen está instalada para não atrapalhar a circulação de outros veículos.
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Fonte: SEBRAE
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