Por Daniel Guerra
Comunicação CFC
Na manhã desta quarta-feira (27), segundo e último dia do Encontro dos Conselhos das Profissões Regulamentadas, as atividades foram abertas pela palestra 4, que teve como tema “Aperfeiçoamento da cobrança de inadimplentes a luz do Acórdão do TCU 2402/2022 (Plenário)”. A exposição ficou a cargo do diretor de Administração e Finanças do Conselho Federal de Administração (CFA), Francisco Costa, e contou com a mediação do vice-presidente de Governança e Gestão Estratégica do Conselho Federal de Contabilidade(CFC), Joaquim de Alencar Bezerra Filho.
Francisco destacou que, na visão dele, um dos pontos altos do Acórdão nº. 2402/2022 do Tribunal de Contas da União (TCU) é a contribuição direta para a eficiência em seus processos de cobrança e, consequentemente, na governança. “Problemas de cobrança só são sanadas pelo planejamento completo, que envolve uma análise SWOT bem feita, uma análise de cenários detalhada, o estabelecimento de uma matriz 5W2H, entre outras soluções. Os papéis precisam estar bem definidos e o orçamento deve estar rigorosamente delimitado”, enfatizou.
Costa também destacou a necessidade da implementação da gestão da inadimplência, prática que requer um cadastro higienizado e enriquecido. “Hoje, 45% dos conselhos e profissões regulamentadas não possuem normas regulando procedimento de cobrança. Isso é alarmante. Mas não cessa por aí: 83% dos conselhos não possuem norma que determine a avaliação da carteira de recebíveis inadimplidos, enquanto 81% não possuem sequer um centro de custos”, enumerou.
Case de sucesso
O vice-presidente de Governança e Gestão Estratégica do CFC, Joaquim de Alencar Bezerra Filho, ponderou que a gestão da inadimplência é sempre um ponto delicado e que impacta diretamente a governança. Ele, porém, destacou que o Sistema CFC/CRCs tem vivenciado boas práticas no tocante ao tema.
“Aproveito a presença aqui de representantes dos 27 Conselhos Regionais de Contabilidade para narrar um case de sucesso. Chegamos, enquanto sistema, a 40,5% de inadimplência na pandemia, mais precisamente em 2020. É um dado forte, ressalvada a situação do País àquela altura, mas precisávamos intensificar o apoio à cobrança – projeto que implementamos em 2021. Começamos, então, a perceber a disparidade do equilíbrio financeiro entre nossos regionais: 8 CRCs eram críticos, 7 preocupantes e 12 favoráveis”, narrou.
Joaquim contou, então, que um projeto de sustentabilidade financeira foi desenvolvido no sistema. “Isso permitiu que chegássemos a 2024 com 4 críticos, 2 preocupantes e 21 favoráveis. Hoje, pelo desenrolar do projeto, em breve o número de favoráveis aumentará. Não obstante termos normas maduras como um Manual de Cobrança do Sistema, decidimos criar também a Política Unificada de Cobrança, pela qual pretendemos zerar os críticos e preocupantes até o fim de 2026. Num horizonte mais curto, estimamos uma meta de redução de 36,4% de inadimplência média para 25% ao final de 2024”, previu.
Fonte: Conselho Federal de Contabilidade
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