Desemprego recua no Brasil e sinaliza recuperação pós-pandemia, diz IBGE

O recuo na taxa média de desemprego, que foi a 9,3% em 2022 (frente aos 13,2% de 2021), evidencia uma tendência de recuperação econômica depois da pandemia de Covid-19, afirma o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação” afirma Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. Este e outros dados do mercado de trabalho estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada em 28/02 pelo órgão.

O resultado de 2022 é o menor patamar de desemprego desde 2015, o que inclui o período da forte retração econômica provocada pela pandemia (2020 e 2021), ainda segundo o IBGE. “O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação”, observa Beringuy.

Nos últimos dois anos a taxa de desocupação do mercado de trabalho (desemprego) caiu 4,5 pontos percentuais, calcula a especialista. Essa recuperação do emprego frente aos últimos períodos é um sinal favorável da economia, mas a taxa de desocupação ainda está 2,4 pontos percentuais acima do menor nível da série, em 2014 (6,9%).

Sinais positivos

Além da queda do desemprego, outros sinais mostram que a recuperação está em andamento. O contingente médio anual da população ocupada aumentou 7,4% em relação a 2021, o que representa cerca de 6,7 milhões de pessoas trabalhando e compondo a força total de empregados (98 milhões).

O nível de ocupação (pessoas com trabalho registrado) também cresceu pelo segundo ano consecutivo e atingiu 56,6% de pessoas ocupadas, o que é um aumento de 5,4 pontos percentuais sobre os 51,2% de 2020 (menor patamar dos últimos anos).

Comércio e Serviços lideram

No mercado de trabalho, o setor de Comércio foi o que mais cresceu. Entre 2021 e 2022, o segmento de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas acrescentou mais de 1,6 milhão de trabalhadores (alta de 9,4%) e fechou o ano passado com 18,9 milhões de pessoas ocupadas.

Em Serviços, o segmento Outros Serviços teve o maior percentual de crescimento da população ocupada, com 17,8% de alta e totalizando 5,2 milhões de trabalhadores. A segunda maior alta percentual foi de Alojamento e Alimentação, com aumento de 15,8% e contingente de 5,4 milhões de pessoas ocupadas.

Agricultura recua

Entre os setores que perderam pessoas ocupadas o destaque vai para Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. A queda percentual da população ocupada foi de 1,6%, o que diminuiu a estimativa de trabalhadores ocupados no setor para 8,7 milhões em 2022.

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Fonte: Portal Contnews
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