Durante a pandemia, a saúde financeira de várias famílias brasileiras entrou em risco por diversos motivos diferentes. Desde a falta de empregos no país, até a alta nos preços de qualquer produto no mercado. São diversos os fatores que contribuem para esse cenário.
De acordo com Thiago Martello, fundador da Martello Educação Financeira, existem algumas maneiras para se precaver ou superar esses momentos, começando com a análise de tudo o que é cobrado de forma automática, mas teve seu uso reduzido durante o período de Covid. “O isolamento fez do home office uma obrigatoriedade no estilo de trabalho. Com isso, a utilização de dados móveis nas redes 3G ou 4G diminuiu e as pessoas passaram a utilizar mais a internet fixa (wi-fi) de casa. Portanto, alguns indivíduos podem reduzir o valor desse pacote de telefonia móvel”, relata.
Além disso, serviços como TV a cabo e streaming de filmes e músicas podem tomar grande parte do orçamento e serem pouco aproveitados. “São serviços que muitas vezes colocamos para cobrança automática ou no cartão de crédito. Com frequência, essas cobranças caem no esquecimento e os pacotes não são utilizados em sua totalidade”, revela Martello.
Também é possível tentar renegociar outros serviços, como plano de saúde, aluguel e financiamento da casa, criando uma portabilidade de dívida ou atualizando sua taxa de juros para um valor menor, reduzindo o montante daquelas contas.
Com o advento da tecnologia diversas atividades se tornaram rotineiras, mas algumas delas acabam trazendo despesas enormes a longo prazo. É o caso dos aplicativos de Delivery, por exemplo. Martello acredita que é necessário criar uma rotina de planejamento. “Para economizar, é indicado se organizar no final de semana pensando nas principais refeições que serão realizadas durante a semana e deixar os alimentos pré-preparados, pois a rotina nos dias úteis costuma ser mais corrida. Desta forma, o bolso e alimentação estarão saudáveis”, pontua.
Já para os apps de transporte, o educador financeiro vê a necessidade de uma readequação da sociedade, usando meios alternativos que ajudem a fechar a conta no fim do mês. “Vale levar em consideração que de R$7,00 em R$7,00 uma tonelada de dinheiro gasto é formada durante um período. Adiante-se para ir aos compromissos marcados, utilize transporte público ou meios alternativos como patinete ou bicicleta, ou até mesmo uma carona com um colega”, detalha.
Em situações em que a economia está mais abalada, o especialista sugere que a família faça uma busca pelos itens que não são mais usados e podem ser vendidos. “Vasculhe e separe tudo o que não foi usado nos últimos seis meses e está em bom estado, como roupas e eletrodomésticos que outras pessoas possam comprar. Com isso, é possível iniciar o processo de tirar fotos e anunciar nas redes sociais ou em sites especializados. Também é possível vender os dias de férias disponíveis para a empresa em que você trabalha. Normalmente, ao realizar essas ações, é feita uma injeção de capital considerável para todos os integrantes do lar, que pode ser um “salvador” nas contas mensais ou até mesmo para pagar alguma dívida em atraso”, finaliza.
Por Thiago Martello
Apaixonado por finanças, Thiago é administrador de formação, pós-graduado pela FGV, especialista e agente autônomo de investimentos, além de atuar como educador e planejador financeiro desde 2015.
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Fonte: Jornal Contábil
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