A economia solidária movimenta 12 bilhões e a empresa cooperativa gera emprego e riqueza para o país
A empresa cooperativa tem como fundamento os trabalhadores que são donos e usuários do capital cuja ação é cumprir com o dever social de gerar trabalho e construir um mundo mais justo e sustentável. Porém um dos problemas é a diferença entre as empresas capitalistas e as cooperativas, uma vez que são diferentes, motivo pelo qual precisam mudar suas ações.
O problema da empresa cooperativa é que ao vender seus produtos se submete a lei de mercado da oferta e da procura que prejudica sua ação na comercialização uma vez que concorrem com seus produtos, pois precisam de capital para a sua sobrevivência. È necessário que a economia solidária crie sua lei de mercado, a lei da autonomia, pois o lucro não é o suficiente para concorrer pela competição entre as empresas como ocorre com a capitalista que tem o lucro como único objetivo. Portanto, é necessário que constituam seu mercado econômico cooperativo. O que se propõe na empresa cooperativa é o lado econômico, pois usufruem de obrigações semelhantes a capitalista, e isto se torna um grande problema, uma vez que precisam de capital.
A empresa cooperativa não tem fins lucrativos, e tem como objetivo atender às necessidades econômicas dos cooperadores/donos que difere da empresa capitalista constituída para gerar lucro e concentrar capital. O bem comum do empreendimento cooperativo é mais importante do que o lucro.
A economia solidária é uma alternativa para a geração de trabalho onde todos colaboram para o fortalecimento da autogestão da empresa solidária. A diferença do empreendimento cooperativo do capitalista é a influencia da cooperação dos trabalhadores na cooperativa que dispõe da prática da autogestão para realizar as ações comuns, além do comprometimento com a diferença que não é pela exploração da mão de obra.
O cooperativismo tem a capacidade de administrar e executar e por em prática a organização socioeconômica e levar a efeito as respectivas funções para acomodar os seus (7) sete princípios, que se abastecem de práticas empresariais na qual a gestão é feita pelos cooperadores que são donos e gestores. È uma sociedade de pessoas e não de capital numa união de força que se estabelece por princípios básicos para sua autogestão em adesão livre, gestão democrática, participação econômica dos sócios e autonomia e independência.
Uma Nova ação para as cooperativas é na gestão democrática que é necessário aplicar um software colaborativo pela aplicação da regra 30/70 que organiza com clareza e transparência para resolver os problemas da dificuldade de gestão, falta de transparência, capital e visão estratégica.
O maior problema da decisão coletiva é a falta de conhecimento, necessário sobre a doutrina econômica da cooperação e da formação profissional; outro grande problema é que alguns não relatam questões não solvidas e criam situações que podem dificultar as relações. Desta forma precisam da educação cooperativa, pois enfrenta mudança de cultura, uma vez que se fundamenta no ser humano e não no capital, sem visar o lucro e baseia nos princípios cooperativistas que pela coletividade da produção, distribuição, gestão e comercialização que serve de base as relações de trabalho convencional. Porém tem como fundamento a igualdade, inclusão e diversidade.
A economia solidária é um dos meios de resolver as desigualdades socioeconômicas através de uma nova fonte de renda e nos tempos de crise fortalece pelo aumento da demanda que é guiada pelo seguinte:- autogestão, solidariedade, cooperação, respeito ao meio ambiente, comércio justo e consumo consciente.
A economia cooperativa busca a fonte de renda que é compartilhada entre seus integrantes. Tem uma ação econômica ativa que dá a conhecer as próprias qualidades dos movimentos de incentivo econômico como produção, comercialização, prestação de serviços, trocas, crédito, finanças, consumo e uso coletivo, entre tantas.
As sobras ou lucros são as economias dos cooperadores, no final do ano, que são distribuídas de acordo com as operações realizadas por cada cooperador/dono.
A economia solidaria oferece uma nova forma de empreender, gerar renda e empregabilidade que precisa entender de administração financeira, vendas, marketing, estoque, compras, entrega, etc. Sem contar que todas estas áreas estão se desenvolvendo muito a cada ano, não é um conhecimento estático, estão sempre evoluindo. É preciso que se mudem as ações, pois concorrem entre empresas e competem entre si.
Uma cooperativa deverá ter como objeto a mesma atividade econômica entre os associados. Como fica a maximização das empresas sem fins lucrativos; antes de tudo vamos compreender o que a sugestão de uma nova empresa, a i-empresa que é uma associação de pessoas que compartilham os recursos humanos, materiais e econômicos financeiros e em cooperação econômica de maneira que tenha como finalidade a melhora socioeconômica dos seus membros. Todos participam da tomada de decisão diferente da capitalista que é pensado por um (1) e decidido por todos enquanto na i-empresa a gestão democrática e solidária é pensada na decisão pôr todos, a autogestão é coletiva e de responsabilidade da alta administração, uma vez que a decisão é de todos.
A economia solidária é uma opção para gerar trabalho e organizar o socioeconômico que num momento de crise como da pandemia pode ser muito útil.
Por Rosalvi Monteagudo é contista, pesquisadora, professora, bibliotecária, assistente agropecuária, funcionária pública aposentada e articulista na internet.
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Fonte: Jornal Contábil
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