No último dia 6 de março, o Banco Central (BC) anunciou os primeiros testes com uma nova moeda brasileira no formato digital. Em suma, a ideia da iniciativa é potencializar a praticidade de transações financeiras, e reduzir o custo destas operações.
Contudo, o surgimento de uma nova moeda digital brasileira, não implica na exclusão do modelo tradicional impresso, apesar de muitas vezes parecer o futuro de certos itens físicos e não eletrônicos. Conforme o divulgado, a versão digital poderá inclusive ser convertida em saques de cédulas.
O que se sabe, até então, sobre a nova moeda digital?
Para implementar o Real Digital, o BC escolheu o sistema Hyperleadger Besu, que opera em open source, ou seja, em código aberto, reduzindo os custos atrelados a licenças e royalties, além de contar com testes controlados que potencializam a segurança da operação financeira.
Vale ressaltar que a nova moeda não pode ser enquadrada na esfera de criptomoedas, visto que ela possuirá um lastro além de estar atrelada ao poder público. “O foco do projeto está nos ativos do mundo real tokenizados, não criptoativos”, ressaltou o coordenador do projeto do BC, Fabio araújo
Ao falar da novidade, Araújo descreve o Real Digital como uma espécie de Pix em larga escala. Isto porque, a moeda irá viabilizar transações instantâneas de alto valor, atendendo as demandas de grandes empresas e instituições financeiras. “O real digital será um meio de pagamento para dar suporte a oferta de serviços financeiros de varejo. É o Pix dos serviços financeiros, que pretende ampliar os produtos (digitais) no mercado”, explica.
Segundo informações oficiais, o próprio Banco Central ficará a cargo da emisaõ da moeda, enquanto, demais instituições financeiras ficaram responsáveis por fazer a intermediação com público. Em meio a etapas de testes, serão simuladas operações de compra e venda de títulos do governo, que contarão com a participação do Tesouro Nacional.
Quando o Real Digital chega no mercado?
No momento, o BC possui apenas um projeto inicial do Real Digital, de modo que a fase de testes irá seguir até fevereiro de 2024, quando começa a etapa de análise dos resultados.
A previsão aponta que o novo formato deve chegar às mãos do público no final de 2024. O banco já adiantou que a cota do Real Digital será a mesma da moeda tradicional, entretanto, instituições credoras estarão proibidas de liberarem empréstimos utilizando o ativo.
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Fonte: Jornal Contábil
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