Com o prazo final para a entrega da declaração do Imposto de Renda se aproximando, a busca por estratégias legítimas para reduzir a carga tributária se intensifica. Nesse contexto, os contadores assumem um papel ainda mais estratégico. Afinal, são eles os grandes aliados dos contribuintes na hora de organizar as finanças, prevenir erros e, principalmente, otimizar o valor a ser pago ao Fisco. Uma das ferramentas mais eficazes, e ainda pouco exploradas, é a previdência complementar fechada.
Ao recomendar planos fechados de previdência e o serviço de proteção familiar — seguro de vida que cobre morte e invalidez total ou permanente —, o contador ajuda seus clientes a reduzirem a base de cálculo do Imposto de Renda, com a possibilidade de deduzir até 12% da renda bruta tributável. Trata-se do único tipo de seguro com esse benefício fiscal, o que o torna uma estratégia poderosa de gestão tributária e proteção patrimonial.
Dependendo da faixa de renda, essa redução pode representar milhares de reais economizados por ano, valores que podem ser reinvestidos no próprio plano, gerando o chamado “efeito bola de neve” e fortalecendo o futuro financeiro do cliente. Ao orientar seus clientes sobre essa possibilidade, o contador amplia o leque de soluções financeiras, garante segurança imediata às famílias e reforça sua atuação como agente de planejamento de curto e longo prazo.
Além da dedução fiscal, há um outro benefício poderoso: o diferimento fiscal. O imposto só é cobrado no momento do resgate ou entrada em aposentadoria, permitindo que os recursos cresçam com a capitalização bruta, sem a mordida antecipada do IR. Essa postergação pode fazer uma enorme diferença nos rendimentos ao longo dos anos.
A previdência privada ainda oferece duas opções de tributação: a progressiva, indicada para quem no futuro terá rendimentos menores, e a regressiva, ideal para investidores de longo prazo, com alíquotas que podem cair até 10% após dez anos de contribuição. Essa flexibilidade torna a previdência uma ferramenta adaptável aos diferentes perfis dos clientes, reforçando o papel consultivo do contador.
É possível contribuir com o plano de previdência dos filhos e deduzir os valores investidos, ampliando os benefícios fiscais e fortalecendo o planejamento familiar. No caso de falecimento do titular do plano, os valores investidos não entram em inventário, sendo repassados diretamente aos beneficiários, de forma rápida e sem custos adicionais em muitos estados — inclusive, com isenção de ITCMD em alguns casos. Ou seja, a previdência fechada é também uma ferramenta de educação financeira e planejamento de legado.
Em um ambiente cada vez mais competitivo, o contador que apresenta soluções reais e mensuráveis para aliviar o IR se diferencia no mercado. Enquanto muitas deduções, como educação e saúde, estão fora do controle direto do profissional, a previdência é uma escolha ativa, que pode ser planejada e escalável.
Além de garantir economia imediata, o contador contribui diretamente para a segurança financeira e qualidade de vida dos seus clientes no futuro. Em um país que caminha para a longevidade, onde mais de 30% da população será idosa até 2060, o planejamento previdenciário é mais que necessário: é urgente.
A previdência complementar fechada, aliada à proteção familiar, deixa de ser apenas um investimento e se consolida como uma estratégia robusta de planejamento tributário e patrimonial. E quem tem o poder de disseminar essa prática com inteligência e responsabilidade? O contador.
por Mayara Santos – gerente de educação, gente & cultura da Quanta Previdência.

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Contabilidade em SBC é com a Dinelly. Fonte da matéria: Jornal Contábil