Ao longo de seus 15 anos de vigência, comemorados, ontem, a Lei Complementar 128/2008, que criou a figura do Microempreendedor Individual (MEI), tem mudado o perfil do empreendedorismo brasileiro. Assim aconteceu com Osvaldo Filho, mais conhecido como Osvaldinho, que, graças à lei, conseguiu abrir sua empresa em 2012 como MEI e, hoje, já opera no mercado como microempresa (ME).

A história do “tropeiro digital” Osvaldinho é a segunda trajetória de vida empreendedora que a Agência Sebrae de Notícias (ASN) traz para festejar os 15 anos de vigência da lei que criou a figura do MEI. São relatos de empreendedores e empreendedoras que começaram como microempreendedor individual e prosperaram, alguns já com faturamento de tal monta que evoluíram para outros níveis empresariais, como aconteceu com Osvaldo Filho.

No Sul de Minas Gerais, no município de Alagoa, o empresário começou a vender queijos pela internet para ajudar um pequeno produtor que enfrentava dificuldades. Na época, em 2009, ele criou um blog e recorreu aos Correios para enviar três peças de queijo do amigo da família.

Com a ideia pioneira de vender os produtos pela internet, ele procurou o Sebrae, onde encontrou apoio e estímulo para adquirir conhecimento sobre gestão de negócio. Determinado, o passo seguinte foi se formalizar como microempreendedor individual (MEI), criar uma marca e uma identidade visual. Era o começo de uma trajetória de muitos desafios, mas também de muitas conquistas.

É muito gratificante saber que o Queijo D’Alagoa contribuiu para o reconhecimento da nossa cidade como região do queijo artesanal mineiro, atraindo turistas e transformando a realidade local.

Osvaldo Filho, empreendedor

Empreendedor se formaliza MEI, transforma queijos artesanais em referência e conquista prêmios internacionais
Osvaldinho afirma que encontrou no Sebrae  apoio e estímulo para adquirir conhecimento sobre gestão de negócio. Foto arquivo pessoal

A loja on-line foi criada em 2012 e, em pouco mais de três anos, o produto se tornou conhecido pela qualidade e tradição. O faturamento anual ultrapassou o limite do MEI, hoje fixado em R$ 81 mil por ano, e o empresário migrou o negócio para microempresa (ME). A marca reúne queijos artesanais produzidos por aproximadamente dez famílias parceiras.

Atualmente, são vendidas 3 toneladas de queijo por mês, tanto pela internet quanto pelas duas lojas físicas que foram abertas anos depois. A última delas foi inaugurada no ano passado em Passa Quatro (MG).

Osvaldinho conta que o primeiro desafio foi superar as limitações logísticas e o frete. Inicialmente, as vendas eram feitas exclusivamente pelos Correios, que se manteve em funcionamento graças ao contrato de envio dos queijos. Com o crescimento dos negócios, atualmente, ele conta com uma transportadora que semanalmente distribui os produtos para todo o Brasil, garantindo 60% das vendas, principalmente para empórios. Além dos queijos, o pequeno negócio revende azeites, geleias e cafés especiais.

Osvaldinho, o tropeiro digital

“O meu bisavô era tropeiro, atravessava a Serra da Mantiqueira para vender queijos na região do Vale do Paraíba (SP) e, por vezes, em Rezende (RJ). Eu costumo dizer que eu sou um tropeiro digital”, brinca.

Com espírito empreendedor que carrega desde a infância, quando vendia canudinhos de doce de leite na escola, Osvaldinho criou, em 2016, a Rota do Queijo e do Azeite como uma experiência turística única na região. A pedido de clientes, também criou o Clube do Queijo, que funciona com três opções de kit com produtos selecionados. No último caso, a iniciativa é fruto do Sebraetec, que possibilitou o desenvolvimento dos produtos, embalagens e rótulos.

O Queijo d’Alagoa também coleciona prêmios nacionais e internacionais. O Queijo Alagoa Grande recebeu, em 2017, a Medalha de Bronze no Mondial du Fromage, em Tours, na França. O produto se destacou entre 700 queijos de mais de 20 países. Neste ano, o Queijo Coronel foi premiado como Super Ouro no 3º mundial do Queijo Brasil.

O primeiro prêmio na França foi um divisor de águas. De lá para cá, ficamos muito mais conhecidos e contamos sempre com o apoio do Sebrae para participar de feiras e acessar mercados que sozinhos não poderíamos alcançar. Meu sonho é futuramente buscar mercados internacionais, pois temos demanda dos EUA, Canadá, França e Luxemburgo.

Osvaldo Filho, empreendedor

Jornada MEI

Quer começar a empreender? Já tem um negócio? Ou precisa organizar sua empresa? O Sebrae criou as jornadas MEI com uma série de informações que vão apontar os caminhos para melhorar vários aspectos do seu dia a dia empresarial.

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Fonte: SEBRAE
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